A sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por parte das empresas cresceu nos quatro primeiros meses deste ano. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Ministério da Economia, R$ 2,06 bilhões foram recolhidos nas fiscalizações entre os meses de janeiro e abril.
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O resultado é 35,81% maior do que o encontrado no mesmo período do ano passado, quando R$ 1,51 bilhão foram recuperados pelo ministério. A sonegação acontece quando as empresas não repassam o dinheiro do FGTS aos trabalhadores.
Segundo a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) , que fez as autuações, as maiores recuperações registradas nesses quatros meses ocorreram principalmente no Sudeste e Sul do País.
No ranking, as primeiras colocações ficam com os estados de São Paulo (R$ 323 milhões), Rio de Janeiro (R$ 178 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 116 milhões) e Minas Gerais (R$ 115 milhões). Os menores valores recolhidos foram encontrados no Acre, Amapá, Roraima e Rondônia, todos na casa dos R$ 2 milhões.
Ano a ano
O recolhimento feito pelas fiscalizações do ministério da Economia vêm aumentando ano a ano. Em 2018 foram recuperados R$ 5,23 bilhões, valor 23,6% maior que o de 2017 (R$ 4,23 bilhões). Já a quantia recuperada em 2016 alcançou R$ 3,1 bilhões, enquanto em 2015 foram R$ 2,2 bilhões.
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Sobre o FGTS
O FGTS deve ser depositado pela empresa até o dia 7 de cada mês, com o valor equivalente a 8% da remuneração do trabalhador e não pode ser descontado do salário. Para os contratos de trabalho de aprendizes, o percentual é de 2%. No caso de trabalhador doméstico, o recolhimento é correspondente a 11,2%.