O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou, em entrevista à revista Veja , a alta taxa de desemprego do Brasil, que recuou para 12,5% em abril, atingindo 13,2 milhões no País , e fez uma comparação com o índice chinês, citando a viagem do vice-presidente Hamilton Mourão ao país asiático.
"O general Mourão acabou de chegar da China. Lá também tem desemprego . Mas há uma diferença: quando os chineses quiseram fazer a usina hidrelétrica de Três Gargantas, só avisaram: "Olha, daqui a dois anos, a água vai subir, se vira". No Brasil você não faz isso. Aqui, Belo Monte está sendo construída há quase dez anos", afirmou Bolsonaro.
A formação do brasileiro, segundo o capitão reformado, é um problema para a geração de empregos. Bolsonaro já disse em outras oportunidades que, com a evolução da tecnologia, não há como empregar muitos brasileiros sem formação.
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"Se fala em milhões de desempregados? Tem, até mais do que isso. O IBGE tá errado, tem muito mais do que isso. Agora, em parte, essa população não tem como ter emprego porque o mundo evoluiu. Não estão habilitados a enfrentar um novo mercado de trabalho, a indústria 4G. como é que você vai empregar esse pessoal?", questionou o presidente. "Tenho pena, tenho. Faço o que for possível, mas não posso fazer milagre, não posso obrigar ninguém a empregar ninguém", complementou, em sua viagem à Dallas, nos Estados Unidos.
Retomando o tema, o presidente avaliou que "Uma parte dos nossos milhões de desempregados não se encaixa mais no mercado de trabalho, por falta de qualificação. Há os universitários que só têm diploma. Alguns acham que gastar mais dinheiro é sinal de que está melhorando a educação. Tem país que gasta per capita menos que nós e tem uma educação muito melhor".
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Nesta sexta-feira (31), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), que apontam leve queda do desemprego entre março e abril. Apesar da queda, o índice do quarto mês deste ano ainda é o segundo maior registado em 2019. A taxa iniciou o governo Bolsonaro em 12%, e já chega a 12,5%.