O Ministério da Agricultura confirmou, nesta sexta-feira, a ocorrência de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como vaca louca, no estado de Mato Grosso. Preocupado com a repercussão da notícia junto aos parceiros internacionais, o órgão esclareceu que a doença se deu maneira "espontânea e esporádica", e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.
Leia também: Malásia abre mercado e vai receber exportações de gado do Brasil
Após a confirmação, o Brasil notificou oficialmente o registro da vaca louca à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e aos países importadores, conforme preveem as normas internacionais. De acordo com uma nota divulgada no início da noite, trata-se de uma vaca de corte, com idade de 17 anos.
"Todo o material de risco específico para EEB foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro. Outros produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não há, portanto, risco para a população", assegurou o Ministério da Agricultura .
Leia também: Embargo do Japão e Arábia Saudita à carne brasileira pode acabar este ano
De acordo com a pasta, o governo federal e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA/MT) iniciaram imediatamente as investigações de campo, com interdição da propriedade de origem. "Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final por laboratório de referência da OIE".
O Brasil é considerado hoje, pela OIE, país de "risco insignificante", em se tratando de vaca louca . Em mais de 20 anos de vigilância, foram registrados somente três casos de EEB atípica e nenhum caso de EEB clássica, assegurou o ministério.