A suspensão dos voos do Boeing 737 Max deve permanecer por ao menos mais 10 semanas, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), aumentando a instabilidade na maior fabricante de aviões dos Estados Unidos e os prejuízos das companhias aéreas.
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O diretor-geral da entidade, Alexandre de Juniac, afirmou nesta quarta-feira (29) em um evento na Coreia do Sul, que as entidades reguladoras ainda estão estudando as alterações que a empresa fez para tornar a operação segura e que não há previsão para uma liberação do modelo até agosto.
“Estamos preparando uma reunião entre reguladores, o fabricante da aeronave e os operadores para fazer uma avaliação da situação”, disse De Juniac. “Mas isso não está nas nossas mãos. Está nas mãos dos reguladores.”
O modelo foi suspenso em todo o mundo após o acidente do voo 302 da Ethiopian Airlines em 10 de março, que matou todas as 157 pessoas a bordo. Antes, em outubro de 2018, o mesmo modelo da companhia Lion Air caiu na Indonésia, vitimando 189 pessoas. Segundo os investigadores, há “semelhanças claras” entre os dois acidentes.
Segundo as investigações, as quedas foram causadas por erros no sistema de controle de voo que empurrava a frente do avião para baixo. Em maio, a Boeing afirmou que havia concluído a atualização do software dos seus aviões e estava em tratativa com autoridades para revogar a suspensão.
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A parada forçada trouxe prejuízos milionários para a Boeing e para as companhias aéreas que foram obrigadas a cancelar e readequar suas rotas. Diversas empresas, entre elas a Air China, American Airlines e Southwest Airlines afirmaram que vão acionar a fabricante judicialmente para cobrir os prejuízos.