Pedro Guimarães também informou que a Caixa pretende mudar linhas de crédito imobiliário
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Pedro Guimarães também informou que a Caixa pretende mudar linhas de crédito imobiliário


A Caixa Econômica Federal vai lançar um amplo programa de renegociação de dívidas para tentar reaver até R$ 4 bilhões. O foco do banco está em cerca de 3 milhões de pessoas que estão inadimplentes e que fazem parte das camadas mais pobres da população, com renda entre um e quatro salários mínimos.

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Segundo o presidente da Caixa , Pedro Guimarães, o plano é dar descontos — que podem variar de 40 a 90% na renegociação — e permitir que essas pessoas possam tomar empréstimos consignados, que têm taxas reduzidas, entre 2% e 3% ao mês.

Guimarães ressaltou que esse tipo de perda financeira é pequena e já está prevista pelo banco, e acaba sendo benéfica. "90% dessa renegociação será de dívidas até 2 mil reais. É um dinheiro que já está contabilizado como perda da Caixa. O que vamos fazer é trazer de volta essas pessoas que estão à margem da dinâmica de crédito, e poder oferecer produtos a elas. Todo mundo ganha", explicou.

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A estimativa do presidente é que até R$ 4 bilhões — ou ao menos R$ 1 bilhão — sejam recuperados com o programa de renegociação de dívidas no longo prazo. "Imagine que 3 milhões estão negativados, estão tomando dinheiro a 10%, 15%, 20% ao mês. Serão cerca de 2,6 milhões de pessoas e 300 mil pequenas e médias empresas beneficiadas", disse.

Setor imobiliário

Guimarães afirmou, ainda, que a Caixa pretende reestruturar suas linhas de crédito imobiliário . A ideia é que o IPCA ou a tabela Price sejam a base de correção das linhas, e não apenas a TR, taxa referencial de juros que hoje determina a correção monetária dos empréstimos.

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"Vamos incluir IPCA e Price também. Isso é importante porque o mercado compra IPCA. A gente acredita que vai conseguir mais de R$ 10 bilhões em carteira de crédito com essa mudança, ou seja, 400 mil pessoas, ou 46 mil imóveis. A gente ganha dinheiro e ajuda a sociedade", disse o presidente da Caixa .

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