Projeção de crescimento da economia brasileira cai pela 11ª vez seguida

Segundo analistas consultados pelo Banco Central, previsão é que PIB brasileiro feche o ano em 1,45%; em janeiro, estimativa era de alta de 2,53%

Em cinco meses, projeções de alta da economia brasileira já caíram de 1,08 ponto percentual (p.p)
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Em cinco meses, projeções de alta da economia brasileira já caíram de 1,08 ponto percentual (p.p)


Analistas do mercado financeiro reduziram, pela 11ª vez consecutiva, as projeções de crescimento da economia brasileira no fim deste ano. De acordo com o relatório Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC), a economia deve crescer apenas 1,45% em 2019.

Em relação à projeção da semana passada, que era de 1,49% , a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que mede todos os bens e serviços produzidos pelo País, caiu 0,4 ponto percentual (p.p). Desde janeiro deste ano,  quando a previsão era de alta de 2,53% no PIB, a expectativa de crescimento da economia brasileira já caiu 1,08 p.p.

Na última sexta-feira (10), o banco Bradesco divulgou suas projeções econômicas e, também diante da lenta retomada da economia, rebaixou as projeções de alta do PIB brasileiro para este ano de 1,9% para 1,1% . O número apontado pela instituição financeira aponta crescimento igual ao do ano passado

Para 2020, a estimativa do PIB foi mantida em 2,50%, assim como para 2021 e 2022.

Inflação, Selic e dólar

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Com queda da inflação no mês de abril, estimativa do IPCA permaneceu estável para este ano


Após a divulgação do resultado da i nflação de abril , que caiu em relação ao mês anterior, o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, permaceceu estável, em 4,04% para este ano.  O valor está dentro da  meta de inflação estipulada para 2019, que é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Para controlar a inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic . Para o mercado financeiro, a Selic deve  permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano até o fim de 2019.

Para o dólar , os analistas do Boletim Focus mantiveram a previsão de cotação em R$ 3,75 no fim deste ano e em R$ 3,80 no fim de 2020.