Entre as 35 metas propostas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para serem cumpridas dentro dos 100 primeiros dias de governo, ampliar a "utilização de dados de trabalhadores do Sine (Sistema Nacional do Emprego), abrindo cadastro para empresas privadas", também conhecida como Sine Aberto, era uma delas.
O objetivo da proposta, cumprida no dia 28 de março, era liberar o banco de dados de trabalhadores desempregados do Sine para empresas cadastradas com vagas abertas, facilitando a contratação dessas pessoas.
Agora, com a primeira etapa do Sine Aberto cumprida, o próximo passo do programa, que está em estudo pelo Ministério da Economia, é criar um " Tinder do emprego ". O "Tinder", que na verdade foi batizado de Open Sine , funcionaria como um banco de dados aberto, que pode ser acessado diretamente por empresas em busca de candidatos às suas vagas.
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Dessa forma, os responsáveis pela área de Recursos Humanos (RH) de cada empresa podem acessar os dados de desempregados
de todo o País e encontrar, mais facilmente, uma pessoa que tenha perfil compatível com o que procura. Tudo sem a mediação do governo.
O projeto deve ser chefiado pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, que declarou que a equipe responsável pela criação do "Tinder" ainda estuda quais informações são importantes para facilitar o " match
" (ou seja, o encontro) entre empresa e trabalhador.
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Em entrevista ao jornal Correio Braziliense
, Costa afirmou que a modernização do Sine
pode gerar diversos postos de trabalho. “Vamos usar a inteligência artificial para melhorar a qualidade dessas informações captadas na ponta e criar um aplicativo mais amigável para o usuário colocar as informações. Isso tem um potencial para criar milhões de empregos”, explicou.