Mesmo com os preços altos do chocolate, as vendas de Páscoa devem subir neste ano, de acordo com projeções divulgadas nesta quarta-feira (3) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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De acordo com a análise, os chocolates estão 5,7% mais caros do que no ano passado. Ainda assim, as vendas de Páscoa deste ano devem ser 1,5% maiores do que em 2018, registrando sua terceira alta consecutiva, mesmo que em ritmo inferior ao crescimento do ano passado, que foi de 2%.
Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, a expectativa para a data está dentro do esperado para o momento atual da economia brasileira , que tem certo "nível de consumo e com desemprego ainda alto”.
Mesmo com a alta e um resultado condizente com o previsto, Bentes lembra que o número é muito inferior ao maior avanço real nas vendas de produtos de Páscoa, de 9,5% que ocorreu em 2010. Naquele ano, a economia cresceu 7,5%. A previsão de alta do PIB brasileiro para este ano, de acordo com o último Boletim Focus, do Banco Central, é de 1,98% .
O relatório da CN lembra que durante a recessão de 2015 e 2016, as perdas chegaram a 5,2%. Assim, mesmo com o aumento, o economista considera a alta de 1,5% nas vendas do comércio, que costumam ser impulsionadas pela Semana Santa , "um “empurrãozinho muito pequeno, porque nível de desemprego ainda está muito alto”.
A previsão é de que o comécio arrecade R$ 2,4 bilhões em todo o país.
Páscoa deve trazer postos de trabalho temporários, mas contratar menos
A CNC projeta contratação de 10,7 mil trabalhadores temporários na Páscoa em todo o País, número abaixo do registrado no ano passado, quando 10,8 mil funcionários temporários foram chamados. Apesar do menor número de vagas, o salário de admissão no varejo deverá ser R$ 1.267, alta de 5,9% em comparação com 2018.
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Segundo Bentes, cerca de 12% dos temporários acabam efetivados depois da Páscoa em hipermercados e lojas especializadas. Neste ano, porém, apenas 4,5% deverão se tornar postos de trabalho efetivo.
*Com informações da Agência Brasil