O governo federal estuda acabar com o horário de verão e caberá ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) tomar uma decisão a partir da próxima semana. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, elaborou, a pedido do presidente, um estudo sobre os impactos que a medida traria ao País a partir de 2020.
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"O presidente Bolsonaro, há uma semana, mandou que eu estudasse e apresentasse a ele essa questão do horário verão , para ele poder decidir. Os estudos estão praticamente encerrados. Isso é um estudo permanente do ministério", disse Albuquerque a jornalistas, em Israel. O ministro participa da comitiva da visita oficial do presidente brasileiro ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu .
"A minha opinião técnica vou dar ao presidente", afirmou, justificando que não anteciparia nenhuma posição antes da conversa com Bolsonaro sobre o assunto. "Não é uma análise isolada, apenas em termos de economia. Entram também outros fatores", defendeu. Segundo o ministro relembra, é público que, no passado, o presidente se mostrou contrário à manutenção da mudança no horário.
Na última semana, o Parlamento Europeu aprovou o fim do horário de verão em todo o continente a partir de 2021. O documento ressalta, no entanto, que os Estados-membros devem “dispor de tempo e da possibilidade de realizarem as suas próprias consultas públicas e avaliações de impacto, a fim de compreender melhor as implicações da abolição das mudanças de hora em todas as regiões”.
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Albuquerque afirmou que "ele [Bolsonaro] tem muito interesse [no assunto]", o que motiva o pedido por um estudo detalhado sobre os impactos que a mudança traria. O principal critério a ser considerado, segundo ele, é "o pico de luz". Ele justifica que "Em 2019 tivemos vários recordes de consumo e o sistema suportou". Porém, também é levado em consideração, de acordo com o titular da pasta, o aspecto turístico. Em muitas cidades, o horário de verão favorece as atividades econômicas.