Campos Neto, indicado à presidência do Banco Central, será sabatinado na próxima terça-feira (26)
Pedro França/Agência Senado
Campos Neto, indicado à presidência do Banco Central, será sabatinado na próxima terça-feira (26)

A Comissão de Assunto Econômicos do Senado Federal (CAE) marcou para a próxima terça-feira (26) a sabatina de Roberto Campos Neto, indicado à presidência do Banco Central (BC). A votação que decide se o economista fica com o cargo deve acontecer no mesmo dia.

Leia também: Lucro líquido do Banco do Brasil cresce 16,8% e chega a R$ 12,8 bilhões em 2018

O relator da indicação de Campos Neto ao Banco Central , senador Eduardo Braga (MDB-AM), leu o relatório nesta terça-feira (19), e afirmou que o nome reúne as condições de ser analisado pela CAE. Os senadores pediram mais tempo para analisar a indicação até a próxima semana.

Durante a leitura do documento, o senador do DEM afirmou que Campos Neto tem uma longa carreira no sistema financeiro e que a sabatina para a presidência do BC será  uma oportunidade para que sejam discutidos temas de grande impacto na vida dos cidadãos e empreendedores, como as taxas de juros cobradas no País.

“Como a Selic é de 6,5% ao ano e para o consumidor e empresário a taxa chega a uma variável que vai de 35% a 250%? Será que não é falta de concorrência? Será que não estamos com o mercado financeiro muito fechado com o monopólio de três bancos privados e dois públicos?”, questionou Braga.

Os juros altos e a concentração no setor bancário já foram citados por outros senadores, como o filho do presidente da República,  Flávio Bolsonaro (PSL) , que afirmou que não é contra os bancos lucrarem, desde que esse ganho não seja fruto da falta de concorrência e do protecionismo - que segundo ele impedem que outros bancos entrem no mercado brasileiro.

Conheça o indicado à presidência do Banco Central

Roberto Campos Neto, indicado ao cargo de presidente do Banco Central, passará por sabatina no Senado
Divulgação
Roberto Campos Neto, indicado ao cargo de presidente do Banco Central, passará por sabatina no Senado

Roberto Campos Neto, como sugere seu nome, é neto de Roberto Campos, que foi ministro do Planejamento de Castelo Branco durante a ditadura militar. O indicado pelo governo ao BC tem 49 anos e construiu sua carreira como operador financeiro. 

Leia também: Economia brasileira cresceu 1,1% em 2018: "Foi um ano perdido", afirma FGV

Campos Neto tem perfil liberal, é apoiador de medidas que restrinjam o tamanho do estado, sendo portanto próximo de Paulo Guedes. Formado em economia pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e com especialização em finanças, ele já ocupou funções no Banco Bozano Simonsen, no banco Claritas e no Santander Brasil, último posto antes da indicação para o Banco Central .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!