O governador do Estado de São Paulo, João Doria, voltou a falar sobre a necessidade de privatização de empresas estatais na manhã desta terça-feira (29). Ele participou do Latin América Investment Conference, um evento realizado pelo Credit Suisse.
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Em sua apresentação, Doria apresentou o que chama de "programa de desestatização" do Estado de São Paulo e mostrou as possibilidades de investimentos, através da privatização
, para o setor privado.
Durante a palestra, o governador afirmou que o Porto de Santos, um número considerável das estradas estaduais e 23 aeroportos devem ser cedidos à iniciativa privada e estão entre as prioridades de sua gestão. Sobre os aeroportos, ele declarou que a venda vai melhorar a interiorização de voos, com companhias aéreas fortalecidas, com mais aeronaves e melhores condições técnicas".
Além desses três setores, Doria também falou sobre uma possível venda da hidrovia Tietê-Paraná. Sobre esta última, enfatizou que, com a desestatização da hidrovia, será possível enviar a carga para outros países, como Argentina e Uruguai.
Ele também se pronunciou a respeito das rodovias. De acordo com o governador, 18 das 20 melhores estradas do Brasil estão localizadas no Estado de São Paulo - o que acontece porque essas estradas foram privatizadas. "Todas as rodovias que não foram concedidas ao setor privado serão", acrescentou.
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Em sua conta no Twitter, Doria disse que uma "gestão moderna se faz com desestatização, tecnologia e talentos humanos" e comemorou sua apresentação no evento: "É São Paulo na direção do desenvolvimento", escreveu.
Confira a publicação na íntegra e uma parte da apresentação em vídeo:
Plano de privatização também está no governo federal
Também nesta terça-feira (29), o secretário de Desestatização e Desinvestimentos do Governo Federal, Salim Mattar, disse que Petrobras, Banco do Brasil (BB) e caixa deverão ser as únicas estatais que não serão privatizadas . Segundo ele, elas seguirão comandadas pelo Estado, mas serão "bem magrinhas".
A declaração foi dada no mesmo evento que João Dória participou. "Somente estas três deverão permanecer, e bem magrinhas", afirmou o secretário ao ser questionado sobre os processos de privatização
durante o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Mattar acrescenta que esta é a vontade de Paulo Guedes, ministro da Economia.