Dólar opera em queda e é cotado a R$ 3,81 após posse de Bolsonaro

Ações de Eletrobras, Petrobras e outras empresas operam em alta, ainda aguardando algumas definições e refletindo o otimismo com o novo governo

Dólar opera em queda após posse de Jair Bolsonaro como presidente
Foto: Reprodução
Dólar opera em queda após posse de Jair Bolsonaro como presidente

O dólar comercial opera em queda nesta quarta-feira (2), primeiro dia útil após a  posse de Jair Bolsonaro como presidente da República, cotado a R$ 3,817 por volta das 14h40.

O dólar encerrou 2018 com valorização de 16,94%, cotado a R$ 3,876 na venda, em função do cenário internacional, sobretudo. Para turistas, o valor é sempre maior.

O mercado internacional acompanha as movimentações do governo de Jair Bolsonaro com expectativa favorável em relação a medidas que podem vir a abrir o mercado brasileiro e leiloar empresas estatais.

Nesta quarta-feira, muitos ministros do novo governo já foram empossados, inclusive Paulo Guedes , ministro da Economia. A nova equipe econômica vê desburocratização, cortes de gastos e reformas, como a da Previdência, como prioridades.

Além da moeda norte-americana, as ações de grandes empresas também apresentam grandes altas após o início efetivo do governo de Jair Bolsonaro: a Eletrobras já chegou a superar os 20% de avanço, a Petrobras opera em alta de cerca de 6% e a Sabesp, que poderá ser privatizada, tem alta de mais de 8%.

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Cenário externo afetando a cotação do dólar

Foto: Joyce N. Boghosian/White House
Tensões entre Estados Unidos e China afetam as cotações do dólar e aumentam incertezas da economia global

Mais cedo, o dólar chegou a operar em alta no Brasil, sob influência do mercado internacional, em dia de novas preocupações em relação ao crescimento global, após divulgação de dados mais fracos sobre a economia chinesa.

A atividade industrial da China se contraiu pela primeira vez em 19 meses no mês de dezembro, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (da sigla PMI, em inglês) do Caixin/Markit, trazendo preocupações para este ano.

No ano passado, as tensões comerciais entre China e Estados Unidos , que recentemente anunciaram trégua provisória, abalaram e trouxeram dúvidas e incertezas à economia global.

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O mercado aguarda as novas definições de Paulo Guedes, ministro da Economia, e de toda a equipe em relação às "reformas estruturantes" citadas pelo presidente em sua cerimônia de posse, em Brasília, e o dólar já opera com leve queda, que deve ser acentuada com os novos anúncios.