Economistas erram previsões para o PIB do Brasil em 2018, mas acertam inflação
Por Brasil Econômico
31/12/2018 11:19:45
Em 2018, algumas das previsões feitas pelo mercado financeiro no início do ano para a economia brasileira não aconteceram: é caso do valor do Produto Interno Bruto (PIB) e da cotação do dólar, por exemplo. As informações são do Boletim Focus, que teve sua última edição divulgada nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central (BC).
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Para o PIB - que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pela economia brasileira - a projeção do Boletim Focus divulgada em janeiro de 2018 era de crescimento de 2,70% no fim do ano. De acordo com as informações do último relatório, no entanto, a estimativa é de que o índice feche o ano com crescimento de apenas 1,30%.
Apesar de apresentar previsões estáveis durante os primeiros três meses do ano, o índice começou a cair entre maio e abril, quando aconteceu a greve dos caminhoneiros . Nessa época, os estimativas para o PIB chegaram a cair semanalmente e alcançou, na última semana de maio, 2,37% .
Em junho, a projeção já estava quase na metade da estipulada no começo do ano, marcando 1,94% . O resultado oficial do PIB do Brasil neste ano, no entanto, só será divulgado em março de 2019.
As expectativas para a cotação do dólar também não se mantiveram as mesmas do início de 2018, quando a previsão era de que a moeda americana ficasse a R$ 3,34 no fim do ano. A projeção atual, segundo o Boletim Focus divulgado hoje, é de que o dólar feche o ano vendido a R$ 3,8742.
Entre os fatores que fizeram a moeda disparar frente ao real, estão a guerra comercial travada entre China e Estados Unidos, o pessimismo generalizado em relação aos países emergentes e até a saída do Reino Unido da União Europeia – o famoso Brexit.
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Apesar de algumas previsões frustradas, setores da economia brasileira como a inflação e a taxa Selic tiveram suas estimativas mantidas
As projeções do mercado financeiro para a inflação e a taxa Selic, no entanto, foram certeiras. De acordo com o Boletim Focus , o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) , que mede a inflação oficial do País, deve fechar o ano em 3,69%. No início de 2018, a previsão era de 3,95% .
A estimativa está abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central . Para o fim deste ano, a meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%.
A economia brasileira em 2018 também apresentou uma Selic (taxa básica de juros) quase estável, com previsões próximas entre começo e fim do ano. Em janeiro, os economistas esperavam uma taxa em 6,75% no fim de 2018, mas terminou em 6,5% .