O presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ocupará o cargo de próximo presidente do conselho nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria). O nome, escolhido por Paulo Guedes, foi confirmado pela rádio CBN nesta segunda-feira (31).
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Vieira será nomeado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, já no começo de seu mandato. Para o futuro 'superministro' da Economia, Paulo Guedes , a escolha do atual comandante da Firjan pode ajudar em seus planos para o 'Sistema S' a partir do ano que vem.
Há duas semanas, Guedes declarou, durante evento na sede da Firjan, que instituições do ' Sistema S ' poderão ter suas verbas reduzidas em até 50% . De acordo com ele, para ajustar as contas do governo, o corte de gastos deve atingir os impostos (com fim de isenções e subsídios) e as verbas, incluindo as do sistema, que deve sofrer redução de 30% a 50%.
Na época, Eduardo Eugênio Vieira comentou a fala do futuro ministro. Para ele, a revisão é justa, já que não só os gastos, como também os bons serviços serão levados em consideração. "Acho que todas as organizações e instituições no Brasil, privadas ou públicas, merecem uma revisita para melhorar seus custos. O ministro que diz que quer cortar os orçamentos do 'Sistema S ’ também diz que não quer prejudicar as coisas que dão certo, as escolas que estão funcionando e entregando mudança de vida para as pessoas”, disse.
Segundo a CBN
, Guedes voltou a defender os cortes nesta segunda-feira, e disse que existem "muitos gastos com publicidade, compras de imóveis e influência parlamentar com recursos do 'Sistema S'" nesse setor.
Para Paulo Guedes, todos devem contribuir com reajuste nos gastos públicos
Quando anunciou a possível redução nas verbas, Guedes ressaltou que todos devem contribuir com o ajuste nas contas públicas. "Como é que você pode cortar isso, cortar aquilo e não cortar o ' Sistema S '? Tem que meter a faca no Sistema S também", afirmou, na época.
“É a contribuição, como vamos pedir o sacrifício do outro sem dar o nosso?"Vocês estão achando que a CUT perde o sindicato mas aqui fica tudo igual? O almoço é bom desse jeito, ninguém contribui?", completou.
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De acordo com Paulo Guedes , o tamanho do corte deve depender da situação de cada empresa. O sistema engloba, entre outras, organizações como Sesi, Senai e Sesc.