O Banco Central (BC) reduziu a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2018, revelando que o crescimento da economia no período foi abaixo do esperado. O órgão estima um crescimento de 1,3% nos bens produzidos no País – o PIB – e inflação de 3,7%, segundo revela o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (20).
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A projeção anterior, divulgada no relatório de setembro, trazia estimativa de 1,4% (0,1 ponto percentual a mais do que a estimativa atual) para o PIB da economia brasileira e de 3,7% para a inflação, que se manteve.
Com a inflação a esse valor, uma das metas mais importantes para feita pelo governo será cumprida: manter o índice inflacionário dentro da meta de 4,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
Apesar de a projeção de inflação não ter se alterado em relação aos dados divulgados em setembro, os 3,7% esperados para 2018 indicaram que o índice inflacionário cresceu 0,75 ponto percentual na comparação com 2017, quando a inflação oficial foi de 2,95%.
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O último Boletim Focus , projeção semanal realizada com o mercado financeiro e divulgada pelo BC na última segunda-feira (17), prevê inflação em 3,71% e PIB com crescimento de 1,3% no final de 2018.
Já o relatório oficial, divulgado trimestralmente pelo Banco Central , apresenta indicadores da economia nacional e também mundial, além de expectativas para os próximos meses feitas pelo próprio BC, com participação de analistas do mercado financeiro.
A economia em 2019, segundo projeção do BC
A projeção de crescimento do PIB de 2019 foi mantida em relação ao relatório de setembro. De acordo com os valores divulgados, é esperado um PIB 2,4% maior no próximo ano, que marca o primeiro ano de governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
“Conforme destacado no Relatório de Inflação de setembro, essa projeção é condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, notadamente de natureza fiscal”, justificou o BC.
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Mesmo com a desaceleração da economia global e a revisão das exportações e importações, revistas de 6% para 5,7% e de 5,9% para 6,1%, respectivamente, a expectativa de 2,4% se mantém, revelando o otimismo com a futura gestão nesse aspecto.