Analistas do mercado financeiro diminuiram, pela sétima vez seguida, a projeção da inflação para 2018. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Cental (BC) nesta segunda-feira (10), a estimativa é de que a inflação fique em 3,71% no final deste ano.
Segundo a instituição financeira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação oficial do Brasil, deve registrar 3,71% no término de 2018. O número mostra uma baixa de 0,18 ponto percentual em relação à projeção da semana passada, que era de 3,89% .
A redução na previsão para a taxa acontece após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar, na última sexta-feira (7), que a o IPCA do mês de novembro registrou taxa negativa de 0,21% , o menor índice para este mês desde 1994, no início do Plano Real. Essa é a sétima baixa consecutiva do índice, que permanece em queda constante em todos os relatórios Focus publicados desde 29 de outubro, quando a inflação foi estimada em 4,43% .
A projeção atual da taxa, de 3,71%, está abaixo da meta de inflação estipulada pelo Banco Central para este ano, que é de 4,5%. Entretanto, o número fica dentro do limite de tolerância, que varia de 3% a 6%.
Para 2019, a projeção da inflação do Boletim Focus também foi reduzida, esta pela quinta vez seguida. Segundo os dados, a estimativa é de que o fim de 2019 registre taxa de 4,07% contra 4,11% previstos na semana passada. Nesse período, a meta é de 4,25%, com tolerância limite entre 2,75% e 5,75%.
A estimativa para 2020 se manteve constante em 4%, número que já se repete há 75 semanas. Para 2021 também houve ajuste, passando de 3,78% para 3,75%. Nesses anos, as metas são de 4,25% e 3,75%, respectivamente.
Para conseguir alcançar a meta de inflação, o BC move, para mais ou para menos, a taxa básica de juros (Selic). Nas projeções divulgadas hoje (10), a estimativa é de que a Selic permaneça em 6,5% ao ano para 2018.
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Para conseguir atingir a meta de inflação, o BC move, para cima ou para baixo, a taxa básica de juros ( Selic ). De acordo com a projeção divulgada hoje, a expectativa é de que a Selic permaneça em 6,5% ao ano para o fim de 2018. O Comitê de Política Monetária (Copom) do banco fará reuniões na terça (11) e quarta-feira (12) para definir a taxa.
Para 2019, a projeção é de que a Selic encerre o ano em 7,5%, menos do que o projetado na semana passada, que era 7,75%.
Além da queda na inflação, redução também foi registrada no PIB
A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) deste ano, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, também apresentou queda: nesta semana, a estimativa é de 1,30% contra 1,32% apresentados na semana passada, a segunda queda seguida.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro ficou constante, em 2,53%. Para 2020 e 2021, as estimativas de expansão da economia também permaneceram as mesmas divulgadas anteriormente pelo Boletim, de 2,5%.
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Apesar das reduções para a inflação
e o PIB, a previsão para a cotação do dólar passou de R$ 3,75 para R$ 3,78 no fim deste ano e, para 2019, permaneceu em R$ 3,80.