![Paulo Guedes será responsável por FGTS em superministério, que assumirá atribuições do extinto Ministério do Trabalho Paulo Guedes será responsável por FGTS em superministério, que assumirá atribuições do extinto Ministério do Trabalho](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/86/p3/om/86p3omgpcwq25r8y1f6bz0pma.jpg)
A gestão de dois fundos bilionários do governo, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que bancam pagamentos de abono salarial e seguro-desemprego, será atribuição de Paulo Guedes, líder do futuro Superministério da economia, após o fim do Ministério do Trabalho .
A mudança de gestão dos fundos, que juntos reúnem patrimônio de R$ 800 bilhões em recursos dos trabalhadores e são considerados estratégicos para o financiamento de investimentos em habitação, infraestrutura e saneamento foi determinada após a divisão do que é hoje o Ministério do Trabalho, cabendo a Paulo Guedes gerir FGTS e FAT.
De acordo com Onyx Lorenzoni (MDB), ministro extraordinário da transição entre os governos Temer e Bolsonaro e futuro ministro da Casa Civil, com o fim da pasta do Trabalho, as funções do atual Ministério serão divididas entre os ministros da Justiça, Sérgio Moro, da Cidadania, Osmar Terra, e da Economia, Paulo Guedes.
"O atual ministério como é conhecido ficará uma parte no ministério do doutor Sérgio Moro, outra parte com Osmar Terra, e outra parte com o Paulo Guedes, lá no ministério da Economia, para poder tanto a parte do trabalhador e do empresário dentro do mesmo organograma", afirma o futuro chefe da Casa Civil.
Onyx defende diz ainda que o Superministério da economia deverá cuidar, além do FGTS e do FAT, de políticas ligadas a criação de empregos, afirmando que "A produção acabou ficando no Ministério da Economia, até para poder fazer a retomada de emprego e renda e ter sob seu comando essas duas pontas. Ele (Guedes) tem o Planejamento, tem a Receita, a Fazenda, precisa uma parte do seu ministério ter atuação mais direta na geração de emprego e renda."
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O governo de transição mostra algumas incertezas, como quanto a fiscalização de trabalho escravo, que ficará com Economia ou Justiça. A própria existência do Ministério do Trabalho gera ruído na transição, tendo em vista que, em novembro, Bolsonaro anunciou o fim do status de ministério e a incorporação das atribuições a outras pastas , mas voltou atrás após a repercussão negativa.
Menos de um mês depois, no entanto, o governo de transição voltou a confirmar a ideia inicial, tirando o status de ministério a uma das pastas mais antigas e tradicionais do governo federal, que completou 88 anos de existência no dia 26 de novembro.
Entre as principais responsabilidades do Ministério do Trabalho, estão a elaboração de políticas e diretrizes para a geração de emprego e renda, a modernização das relações de trabalho, a fiscalização dos postos de trabalho e a participação da elaboração de políticas salariais e de desenvolvimento profissional.
Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira , o Ministério do Trabalho defendeu que "Dissolver as atribuições do Ministério do Trabalho em diversas pastas, sem a adoção de medidas de compensação democrática, retiraria um dos palcos em que é promovida a interlocução entre trabalhador, empregadores e Estado regulador, essencial à garantia do equilíbrio das relações de trabalho.”
Previdência é uma das prioridades de Paulo Guedes
![Reforma da Previdência é uma das prioridades de Paulo Guedes e do novo governo eleito Reforma da Previdência é uma das prioridades de Paulo Guedes e do novo governo eleito](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/73/l1/4t/73l14tnl0j7zykfn5xtxpor27.jpg)
Onyx Lorenzoni falou também nesta segunda-feira (3) que a reforma da Previdência é vista pelo governo como a medida mais aguardada pelos investidores e considerada essencial para garantir a sustentabilidade das contas, e que será preciso ter paciência, informando que “Por isso a gente não fala de modelo específico, não fala de prazo, porque tem que ser uma coisa bem construída. Temos quatro anos para garantir futuro dos nossos filhos e netos.”
Paulo Guedes , futuro Superministro da economia, tem formação em reduto tradicionalmente liberal, na Universidade de Chicago, e já defendeu que se inspira no modelo de previdência chileno , que foca a capitalização, ou seja, em que cada trabalhador guarda dinheiro para sua própria aposentadoria no futuro.