Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda do governo de Dilma Rousseff (PT) e atual diretor financeiro do Banco Mundial (BM), deve ser o próximo presidente do BNDES
Elza Fiúza/Agência Brasil - 18.12.2015
Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda do governo de Dilma Rousseff (PT) e atual diretor financeiro do Banco Mundial (BM), deve ser o próximo presidente do BNDES


O economista Joaquim Levy será o próximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo informações divulgadas pela assessoria do futuro ministro Paulo Guedes, Levy aceitou o convite para ocupar o cargo durante o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na tarde desta segunda-feira (12).

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O economista, que no momento exerce o cargo de diretor financeiro do Banco Mundial (BM), já foi ministro da Fazenda do governo de Dilma Rousseff (PT) e secretário do Tesouro Nacional durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula (PT). Agora, depois de aceitar ser o próximo presidente do banco,  Joaquim Levy  deve preparar sua mudança de país.

Atualmente, ele reside em Washington, nos Estados Unidos, local em que fica a sede do BM, e precisará morar no Rio de Janeiro, onde está localizado o BNDES. Com a chegada de Levy ao BNDES, Dyogo Oliveira, presidente em exercício, deixa o banco em 2019.

De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo  publicadas no domingo (11), o objetivo de trazer o economista para o BNDES é ampliar a interação e a possibilidade de parcerias do mesmo com outras instituições multilaterais, como o próprio Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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A indicação de Levy foi feita por Paulo Guedes , futuro ministro da Economia (um dos “superministérios” do governo Bolsonaro, que deve reunir Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Os dois são engenheiros navais e passaram por cursos de economia na Universidade de Chicago, conhecia pelo pensamento liberal.

Além de Joaquim Levy, equipe de Bolsonaro já considera outros nomes

Além de Joaquim Levy, Paulo Guedes já cotou outros nomes, como Ilan Goldfajn, para compor o governo de bolsonaro
Fernando Frazão/Agência Brasil
Além de Joaquim Levy, Paulo Guedes já cotou outros nomes, como Ilan Goldfajn, para compor o governo de bolsonaro


Espera-se que o governo do presidente eleito tenha cunho liberal. Ao lado de Paulo Guedes, forte nome de Bolsonaro desde o início das campanhas eleitorais, as prioridades do mandato de Bolsonaro incluem a reforma da Previdência, as privatizações, medidas de ajuste fiscal e a autonomia do Banco Central (BC).

Quanto ao último, Guedes já declarou que espera a permanência de Ilan Goldfajn no cargo, já que ambos têm em comum a defesa do projeto de autonomia do BC, com mandato fixo de presidente não coincidente com o do presidente da República.

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Além da confirmação de  Joaquim Levy e da expressiva vontade a permanência de Ilan Goldfajn, o futuro ministro da Economia cotou  outros nomes para a composição de sua equipe: Mansueto Almeida pode continuar na secretaria do Tesouro ou se tornar Secretário da Fazenda e Ivan Monteiro tem chances de seguir na presidência da Petrobrás.

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