O HSBC deve retornar ao Brasil em breve, segundo informações da publicação Financial Times publicadas nesta segunda-feira (12). Apesar da intenção de retorno ao País, o banco declarou que pretende apenas dar mais força às operações de investimentos, desconsiderando uma retomada na atuação de varejo.
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De acordo com a reportagem, a intenção de retorno do HSBC ao Brasil acontece após a entrada do novo presidente-executivo, John Flint, declarar como objetivo de sua gestão o que ele chama de “modo de crescimento” – ou seja, expandir ainda mais o alcance da maior instituição financeira da Europa.
O jornal britânico informou que o HSBC quer aumentar seu banco de investimentos sediado em São Paulo para reconquistar alguns de seus clientes empresariais brasileiros. Entre esses possíveis clientes, muitos são os que deixaram a instituição em 2015, quando o HSBC fechou suas portas no País e vendeu a maior parte de suas operações para o Banco Bradesco por US$ 5,2 bilhões (aproximadamente R$ 20 bilhões).
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Depois da venda para o Bradesco, o HSBC manteve cerca de 80 pessoas no Brasil, para continuar assessorando e financiando clientes empresariais de grande porte. A meta, agora, é elevar o número de pessoas na equipe e chegar a 200 pessoas ou mais, a fim de conquistar clientes menores.
HSBC quer voltar a crescer no Brasil, mas tem política de enxugamento na América Latina há alguns anos
A decisão de votar ao Brasil foi tomada após a eleição de Jair Bolsonaro para presidente, durante o segundo turno das eleições 2018, que aconteceu em 28 de outubro. Com propostas mais liberais que tem animado o mercado financeiro, como redução o déficit por meio de cortes de gastos públicos, privatizações e a reforma da Previdência, o projeto de governo impulsionou o desejo de uma maior atuação do HSBC no País.
Enquanto planejam a expansão no Brasil, os executivos do banco debatem se devem abandonar mercados menores da América do Sul, como os do Uruguai e do Chile, o que manteria a tendência de enxugamento da instituição financeira na América Latina, que começou há pouco menos de dez anos.
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Antes do fechamento no Brasil, em 2015, o HSBC vendeu suas operações no Uruguai, na Colômbia, Paraguai e Peru ao Banco GNB Sudameris, em 2012. O acordo de venda das operações no Uruguai, no entanto, caíram dois anos depois.