A Eletrobras ampliou o prazo para inscrições em seu Plano de Demissão Consensual (PDC), conforme informou em comunicado nesta segunda-feira (15). A medida é mais uma fase do plano estratégico da estatal de energia elétrica para reduzir custos.
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O plano de demissão ocorre não só na Eletrobras, mas também nas empresas Eletrobras Cepel, Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras (CGTEE), Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas, simultaneamente.
A estatal informa que “são elegíveis ao PDC empregados que tenham, no mínimo, dez anos de vínculo empregatício com a empresa, no momento do desligamento; ou anistiados e reintegrados à empresa por meio da Comissão Especial Interministerial de Anistia – Lei nº 8.878/1994 [neste caso não há exigência de tempo mínimo de empresa]”. Para aderir ao plano, os trabalhadores que se encaixam nesses resquisitos podem realizar sua inscrição até 26 de outubro.
Os desligamentos acontecem mensalmente e serão feitos em turmas até dezembro. Entre os empregados elegíveis à demissão, são aproximadamente 2,4 mil pessoas, que podem custar até R$ 1 bilhão para a empresa, se aderido por todos.
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Até o momento, durante a primeira fase do PDC, 733 trabalhadores entraram com o processo de desligamento. De acordo com a Eletrobras
, essas demissões resultaram em uma economia de R$ 254 milhões por ano.
A estatal também informou que a ampliação do plano de demissão voluntária se dá pelo “alinhamento dos custos da Eletrobras às tarifas, evitando prejuízos operacionais no futuro” e também devido a crescente automação e sistema de gestão empresarial unificado em todas as suas companhias.
Enquanto plano de demissão acontece, Bolsonaro não pensa em privatizar estatal
O plano de demissão acontece durante o processo de privatização de seis distribuidoras da estatal, do qual quatro já foram leiloadas. Na semana passada, as ações da empresa apresentaram forte queda após declarações do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. O presidenciável se mostrou contrário à privatização e afirmou que “não se pode deixar [a empresa] nas mãos de terceiros”, já que, dessa forma, se perde a garantia do serviço. Ele adiantou que apenas a área de distribuição da empresa poderia continuar a ter sua venda negociada, mas não a área de geração.
*Com informações da Agência Brasil