Petrobas anuncia redução de 0,59% no preço da gasolina nas refinarias após ANP registrar alta de 0,52% nas bombas de combustível na semana passada
Agência Brasil
Petrobas anuncia redução de 0,59% no preço da gasolina nas refinarias após ANP registrar alta de 0,52% nas bombas de combustível na semana passada

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (24) que vai reduzir em 0,59% o preço da gasolina nas refinarias. Com o reajuste, que entra em vigor amanhã (25), o litro do combustível recuará de R$ 2,2514 para R$ 2,2381.

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O novo preço da gasolina é reajustado para baixo depois de uma semana de estabilidade. Na semana passada, a Petrobras manteve o valor sem aumento nem decréscimo seis vezes consecutivas. O último reajuste tinha ocorrido no dia 13, quando a empresa aumentou em 0,98% o preço do produto.

Com o reajuste, que entra em vigor amanhã (25), o litro de combustível recuará de R$ 2,2514 para R$ 2,2381. Ainda assim, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que o preço da gasolina encerrou a semana em alta de 0,52% nas bombas dos postos de combustível.

Com o reajuste, o preço médio do  litro de combustível chegou a R$ 4,652 e registrou a quarta semana de aumento consecutivo. O valor é mais alto até mesmo do que o observado na semana em que a greve dos caminhoneiros foi encerrada.

O preço levado em consideração no levantamento da ANP, no entanto, é o médio e, portanto, pode variar de acordo com a região. Sendo assim, enquanto na região Norte o preço médio registrado foi de R$ 4,763 (o maior entre as pesquisadas), o preço da gasolina na região Sul foi de R$ 4,568, em média. A Agência disse ainda que identificou postos de combustível vendendo gasolina por até R$ 6,290 por litro. O mais barato, por sua vez, foi de R$ 3,875.

Por isso, apesar da queda no preço do combustível nas refinarias anunciado nessa semana, a gasolina segue acumulando uma alta de 4,7% em setembro, o que significa que o litro do combustível ficou 10 centavos mais caro desde o começo do mês.

Preço da gasolina e demais combustíveis está no foco

Preço da gasolina sofre com nova política de reajustes que gerou lucro recorde da Petrobras, mas grandes aumentos para o consumidor
Reuters/Ueslei Marcelino
Preço da gasolina sofre com nova política de reajustes que gerou lucro recorde da Petrobras, mas grandes aumentos para o consumidor


Desde que a greve dos caminhoneiros paralisou o País, o preço dos combustíveis está no centro da pauta do governo e da população. Responsável por influenciar a maioria dos demais preços já que quase todos os setores da economia dependem do custo do transporte de cargas, ele foi alvo de críticas desde que a Petrobras implantou sua nova política de preços que repassa ao mercado, quase que diariamente, as variações do preço do petróleo internacional e ainda a variação do dólar.

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Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 69,03% e o, do diesel, valorização de 69,46%, o que vem desagradando muitos setores que dependem do transporte para realizar suas operações e os consumidores finais de maneira geral. Isso porque, apesar do reajuste da Petrobras não ser "direto na bomba" de combustível, os donos de postos estão repassando o reajuste para os motoristas pouco a pouco.

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Em resposta às críticas, no início do mês, a Petrobras anunciou que realizará uma flexibilização na sua política de preços que permitirá aumentar os intervalos de reajustes no preço da gasolina nas refinarias e dos demais combustíveis em até 15 dias. Segundo a estatal, será adotado um mecanismo de proteção financeira (conhecido como hedge) que dará a opção de mudar a frequência dos reajustes diários no mercado interno.

Dicas para economizar combustível (e dinheiro)

Confira dicas para economizar combustível e se tornar menos dependente das variações do preço da gasolina e de demais combustíveis
Tomaz Silva/Agência Brasil
Confira dicas para economizar combustível e se tornar menos dependente das variações do preço da gasolina e de demais combustíveis

Independente disso, o preço do combustível nas refinarias e nas bombas de combustível continua alto já que a média de preço do litro da gasolina continua acima de R$ 4,60, de acordo com a ANP.

Diante disso, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, avalio que "essa alta tem impacto direto nos preços dos produtos que consumimos, já que grande parte deles são transportados por caminhões movidos a diesel, sem contar o possível aumento dos preços dos serviços de transporte, como táxias e ônibus".

Por isso, para o especialista, a melhor saída é considerar outras formas de transporte para economizar no combustível. “Nem sempre precisamos fazer tudo utilizando o carro, portanto há determinadas situações em que podemos deixá-lo na garagem. Pegue ou ofereça caronas e faça rodízios com colegas de trabalho e amigos, assim otimiza-se as viagens e o seu bolso também agradece”.

Para ir ainda mais direto ao ponto e explica como o consumidor pode se precaver da variação e das altas do préco do combustível, o especialista deu sete dicas:

  1. Analise a necessidade de fazer tudo com o carro; realizar algumas caminhadas, além de ser saudável, pode gerar boa economia;
  2. Alterne o uso do carro com o transporte público, assim terá diminuição no orçamento mensal no que se refere a gastos com locomoção;
  3. Ofereça e pegue caronas com familiares, amigos e colegas de trabalho sempre que possível. Assim, além da economia, há maior sociabilização;
  4. Dirija e utilize o veículo com consciência. Algumas ações geram maior consumo de combústivel, como manter o ar-condicionado ligado e trocar de marcha na velocidade inadequada;
  5. Abasteça em postos de sua confiança, garantindo a qualidade da gasolina que está comprando;
  6. Mantenha os pneus calibrados, pois se estiverem abaixo do recomendado pelo fabricante, há resistência na rolagem e o carro consume mais combustível. Isso sem contar o desgaste dos pneus, que são caros;
  7. Mantenha o carro sempre revisado, pois um motor mal regulado pode gastar mais combustível. Assim também evita imprevistos que podem estourar as finanças.

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Dessa forma, tomando precauções e adotando ações econômicas simples no dia a dia, espera-se que o consumidor reduza cada vez mais sua dependência do preço da gasolina e fique menos dependente das determinações de autoridades públicas e da própria empresa que dita o valor dos combustíveis no Brasil.

*Com informações da Agência Brasil e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros

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