Além da questão do tabelamento do frete, Eduardo Guardia ainda ressaltou que a subvenção ao diesel, válida até o final do ano, terá de voltar a ser debatida
José Cruz/Agência Brasil
Além da questão do tabelamento do frete, Eduardo Guardia ainda ressaltou que a subvenção ao diesel, válida até o final do ano, terá de voltar a ser debatida

Nesta quarta-feira (19), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o governo sabe que o tabelamento do frete rodoviário de cargas é insustentável e terá de voltar a discutir o tema. De acordo com o ministro, a decisão de editar a medida provisória do frete foi tomada em um contexto extremamente complexo da greve dos caminhoneiros, em maio.

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“Eu já disse publicamente várias vezes que nós sabemos que o tabelamento do  frete não é algo sustentável. Esse é um tema que precisará ser enfrentado e que está em discussão no judiciário, no Supremo [Tribunal Federal], para que possa eventualmente ter uma solução”, disse Guardia durante uma palestra para empresários do setor de commodities em São Paulo.

O ministro ainda ressaltou que a subvenção ao diesel , válida até o final do ano, terá de voltar a ser debatida. “Nós vamos precisar enfrentar essa questão porque, a partir do ano que vem, nós não teremos mais subvenção [no preço do diesel]. A gente precisa agora, com tempo, ter soluções mais estruturantes para esse problema”, acrescentou.

De acordo com Guardia, uma saída para a questão passa por uma maior competição no setor do refino de combustíveis e pela criação de um mecanismo que permita que os tributos absorvam a variação de preço dos combustíveis.

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“Nós precisamos ter esse tipo de mecanismo, que não dava para fazer no meio da crise", explicou o ministro. "Tudo isso que estou falando envolve mudança de lei complementar, da lei de responsabilidade fiscal, e tem que ser feito em um ambiente com um pouco mais de tranquilidade”.

Guardia também destacou que a solução definitiva para a questão do frete e do preço dos combustíveis só ocorrerá quando o governo conseguir tratá-las de forma “ampla”.

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“A solução definitiva para o problema do frete e dos preços infelizmente só será dada na hora que a gente conseguir tratar o problema de uma maneira mais ampla. Vai passar pelo judiciário, mas também passará pela capacidade do governo de propor alternativas a essa política", finalizou o ministro da Fazenda.


*Com informações da Agência Brasil

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