O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido por ser a inflação utilizada para fazer o reajuste dos aluguéis, fechou o mês de agosto em 0,70%. O novo indicador é 0,19 ponto percentual (p.p) maior do que o registrado em julho, quando a marca foi de 0,51% .
Segundo divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o IGP-M acumula uma alta de 6,6% no ano e de 8,89% nos últimos 12 meses.
Para se ter uma ideia do grau de variação, em agosto de 2017, o índice havia subido 0,10% e acumulava uma queda de 1,71% em 12 meses.
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Subíndices que compõem o IGP-M tiveram crescimento
A pesquisa mostra que o crescimento da inflação utilizada para fazer o reajuste dos aluguéis é reflexo da alta de preços nos três subíndices que compõem o indicador, que é o dos preços ao produtor, preços ao consumidor e os custos da construção.
A principal influência para a alta veio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de 0,50% em julho para 1%, de julho para agosto.
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O Ibre-FGV explica que o que mais contribuiu para a alta do IPA, em agosto, foi a categoria de Matérias-Primas Brutas, uma vez que passou de 0,70%, em julho, para 2,61%, em agosto, uma alta de 1,91 p.p.
Contribuíram para o avanço do grupo os seguintes itens: milho em grão, que passou de uma deflação de 9,53% para a inflação de 3,68%; minério de ferro, que também passou da negativa de 1,50% para 3,35%, e soja em grãos, que passou de menos 1,03% para 2,80%.
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Embora tenha crescido novamente, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou entre os meses, uma vez que passou da alta de 0,44%, em julho, para 0,05%, em agosto.
Ou seja, na verdade, o IPC contribuiu para que o IGP-M não fosse maior, porque quatro das oito classes do índice apresentaram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Habitação que passou de 1,37% para 0,54%.
O índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também desacelerou e contribuiu para que o IGP-M não fosse maior, uma vez que subiu 0,30% no mês, contra 0,72% em julho. A razão pela redução é o item materiais, equipamentos e serviços, que ficou em 0,65%. No mês passado, a taxa do grupo foi de 0,97%.