Com a alta da estimativa para a inflação, mercado financeiro projeta crescimento econômico menor, de 1,47%
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Com a alta da estimativa para a inflação, mercado financeiro projeta crescimento econômico menor, de 1,47%

O mercado financeiro elevou a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 4,17%, neste ano. O resultado publicado nesta segunda-feira (27) pelo Boletim Focus é 0,2 ponto percentual (p.p) superior ao da semana passada , quando a estimativa para a inflação era de 4,15%.

Mesmo com a alta, o novo resultado segue abaixo do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%. Porém, a estimativa para a inflação ainda segue dentro do limite inferior e superior do índice, que estão, respectivamente, em 3% e 6%.

Após nove semanas de estabilidade, o mercado financeiro também elevou a projeção para a inflação de 2019, passando o indicador de 4,10% para 4,12%. Enquanto que, para 2020, o  Boletim Focus  manteve a expectativa para o IPCA de 4%. Já em relação a 2021, a estimativa foi ajustada de 3,90% para 3,92%.

Como destaca o BC, a estimativa para a inflação de 2020 é a única igual à meta central, uma vez que a previsão para o ano que vem é de 4,25%, enquanto que, para 2021, é de 3,75%.

Leia também: Prévia da inflação de agosto fica em 0,13%, a menor taxa para o mês desde 2010

Estimativa para a inflação reflete no PIB

Após oito semanas de estabilidade, estimativa para a inflação subiu de 4,10% para 4,12
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Após oito semanas de estabilidade, estimativa para a inflação subiu de 4,10% para 4,12

Como reflexo da alta do IPCA deste ano, o mercado financeiro reduziu a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,49% para 1,47%.

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Pela oitava semana consecutiva, a previsão para o  crescimento econômico  de 2019 permaneceu em 2,5%. E a soma de todos os bens e serviços produzidos no País também é de 2,5%, quando diz respeito aos anos de 2020 e 2021. 

A fim de alcançar as metas, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que  atualmente está em 6,50%  ao ano. Para 2019, o mercado financeiro espera que o indicador encerre o período em 8% ao ano e permaneça nesse patamar até 2021.

Com o aumento da Selic, o Banco Central tem como objetivo conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam que mais dinheiro fique contido na poupança do consumidor.

Agora, quando a instituição opta por diminuir o índice dos juros básicos, a ideia é fazer com que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

Além da   estimativa para a inflação  e do crescimento da atividade econômica, o Focus traz a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar que subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75 no final deste ano. Enquanto que para o fim de 2019, a previsão permanece em R$ 3,70.

*Com informações da Agência Brasil

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