Os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e o candidato à vice-presidência Fernando Haddad (PT), representando o candidato Luiz Inácio Lula da Silva , participaram do evento "Diálogo Eleitor Unecs" nessa terça-feira (14), promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unescs), composta por oito instituições dos setores.
No encontro, os presidenciáveis apresentaram suas propostas para a retomada da economia, especialmente para a modernização do ambiente de negócios para uma plateia de empresários dos setores de comércio e de serviços. Confira como foi o debate com Fernando Haddad (PT):
Fernando Haddad defende reforma do sistema bancário
De acordo com Haddad, se o PT foi eleito, uma das primeiras medidas da administração será a reforma do sistema bancário para que os juros ao crédito sejam diminuídos.
Ao falar sobre a eventual medida, o ex-prefeito de São Paulo antecipou que "isso não virá sem dor para os banqueiros".
"Vamos ter que conviver por muito tempo com quatro ou cinco bancos respondendo por 80%, 90% do crédito. Teremos que mudar a legislação tributária dos bancos: quanto mais cobrar de spread [bancário], mais impostos terá de pagar", apontou.
Assim como presidenciáveis de outros partidos, Haddad defendeu a reforma tributária , com a adoção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para destravar a economia.
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Porém, o candidato à vice-presidência pontuou que, em um eventual governo, o PT defenderá a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até cinco salários mínimos.
Questionado sobre a responsabilidade fiscal, Haddad criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, argumentando que ela inviabiliza a gestão pública e os investimentos públicos.
Para ele, "não faz sentido manter o Estado congelado por 20 anos . Ele precisa ter alguma folga orçamentária para permitir que, com gastos eficientes e transparentes, busquemos produtividade na infraestrutura".
Por outro lado, quando questionado sobre a reforma da Previdência, Haddad não apresentou um 'veredito', apenas afirmou que, para o partido, primeiramente o tema deve ser discutido com a população por meio de mesas redondas com governadores e prefeitos, assegurando que o programa de governo do PT não “penalize os mais pobres”.
Sobre geração de empregos, Fernando Haddad destacou que o plano de governo do PT prevê a retomada de obras paradas de programas, como o "Minha Casa, Minha Vida", para empregar por meio da construção civil no curto prazo.
*Com informações da Agência Brasil