A venda de automóveis novos no Brasil cresceu 17,7% em julho ante o mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o resultado é o melhor para o mês desde 2015.
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No período, segundo a entidade, foram vendidos 217.509 veículos novos. Em relação a junho, a alta registrada para o setor foi de 7,7%. No acumulado de janeiro a julho, o crescimento da venda de automóveis foi de 14,9% em relação ao mesmo período de 2017.
Para Antônio Megale, presidente da Anfavea, o resultado registrado em julho é um bom presságio para o setor. “Gradualmente, o mercado vem se recuperando [da crise econômica]”, disse.
Produção
A produção de veículos montados também cresceu, anotando alta de 9,3% em relação a julho do ano passado. Ante o mês anterior, porém, os números caíram 4,1% - muito em função do ajuste feito pelo mercado para adequar a produção à queda nas exportações.
No acumulado de janeiro a julho, a alta registrada é de 13%.
Exportações
A venda de automóveis para o exterior teve resultados negativos, refletindo o cenário econômico desfavorável dos principais compradores: Argentina e México. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 21,7% nas unidades exportadas em julho.
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Em relação a junho deste ano, a redução nas exportações foi de 20,9%. De janeiro a julho, ante o mesmo período de 2017, a queda foi menos significativa, de 2,8%.
O destaque ficou para a venda de máquinas agrícolas, que registrou alta de 27,7% em julho. Houve queda de 3,5% em relação a junho e aumento de 2,4% no acumulado do ano frente ao mesmo período do ano passado.
Segundo a Anfavea , o resultado tem relação com o aumento dos preços das commodities, especialmente algodão, soja e milho.
Os impactos do tabelamento do frete
Para Megale, ainda é cedo para dizer se haverá crescimento na venda de caminhões por causa do aumento de custos provocados pelo tabelamento do frete. Alguns setores, especialmente o agronegócio , avaliam alternativas para o transporte de suas cargas, como o aluguel e a compra de uma frota própria.
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“Ainda tem uma decisão a ser tomada pelo STF [Supremo Tribunal Federal], então estamos aguardando”, afirmou. “Esperamos que o aumento na venda de automóveis venha em decorrência do desenvolvimento econômico do Brasil. Se tiver mais atividade econômica, com certeza venderemos mais”.
*Com informações da Agência Brasil