Pesquisa revela que falta trabalho para 27,7 milhões de pessoas no Brasil. O resultado faz parte do levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quinta-feira (17) após apurar a taxa de subutilização da força de trabalh o do primeiro trimestre de 2018.
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Para fazer a pesquisa, o IBGE considerou “subutilização da força de trabalho” as pessoas desempregadas e subocupadas profissionalmente, ou seja, que trabalham por um período chamado "insuficiente" – menos de 40 horas por semana – e que têm força de trabalho em potencial, ou seja, não estão procurando emprego por diversos motivos.
Segundo o balanço, a taxa de 24,7% de subutilizados é a maior da série história, iniciada em 2012. Quando o indicador é agrupado por estados, nota-se que os estados da Bahia, Piauí e Alagoas são os que apresentam os maiores números, que inclusive são superiores à média nacional, com respectivos 40,5%, 39,7% e 38,2%.
A região Sul, por outro lado, apresenta as menores marcas da taxa, uma vez que Santa Catarina registrou 10,8% e o Rio Grande do Sul , 15,5%.
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Carteira assinada
Outro índice que mostra a situação problemática do Nordeste é o percentual de empregos – exceto domésticos – com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada. A região apresentou o menor percentual de todas, com 59,7%. Enquanto que, no Sul, a marca chegou a 83,3%.
Vale destacar que todas as regiões do País apresentaram queda nesse indicador, com exceção do Norte, que obteve expansão da proporção frente ao primeiro trimestre de 2017, uma vez que o índice anual passou de 59,9% para 62,9%.
Como consequência, no Norte e no Nordeste o percentual de trabalhadores por conta própria foi superior em relação às demais regiões, com saldos respectivos de 32,4% e 29%.
População ocupada
No dia 27 de abril, o IBGE divulgou que o desemprego no País subiu para 13,1% no primeiro trimestre de 2018, chegando a 13,7 milhões de brasileiros. Entretanto, o Instituto apurou que, embora as mulheres sejam maioria na população em idade de trabalhar (52,4%), entre a população ocupada houve predominância de homens no mercado de trabalho, com 56,5%.
Com isso, entre a população desocupada no primeiro trimestre deste ano, as mulheres foram maioria, representando 50,9% do total.
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A pesquisa do IBGE também apurou que a taxa de desemprego entre as pessoas que se declaram brancas é de 10,5%, ou seja, abaixo da média nacional, de 13,1%. Já entre a população que se declara preta ou parda a porcentagem é superior à média, com saldos respectivos de 16% e 15,1%.