O número de pacientes que perdem consultas médicas nos Estados Unidos tem atingido níveis alarmantes. Um dos principais motivos para as faltas, segundo levantamento feito pelo Uber, são os problemas com transporte. De acordo com o estudo, mais de 3,6 milhões de norte-americanos deixam de comparecer às clínicas por esta razão todos os anos – resultado 30% superior ao dos demais países.
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Pensando em amenizar este problema, a empresa anunciou, nesta segunda-feira (5) o lançamento do
Uber
Health, um serviço que promete simplificar o deslocamento de pacientes por meio de parcerias com profissionais da área de saúde.
Com a novidade, médicos poderão agendar corridas para seus pacientes, que receberão duas mensagens de texto ou voz com maiores informações sobre a carona: uma quando o carro é avisado e outra quando o motorista chega ao local de partida. A plataforma é voltada, principalmente, para usuários idosos, visto que não exige que os passageiros tenham o aplicativo instalado ou até mesmo um smartphone, pois o aviso pode também ser feito por e-mail, por exemplo.
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Os profissionais da área da saúde podem agendar as corridas para seus pacientes com até 30 dias de antecedência à consulta, permitindo assim que haja tempo suficiente para a programação das agendas. Os pagamentos das caronas são feitos pelas organizações, que podem oferecer a corrida como um serviço extra. Até o momento, já são mais de 100 grupos afiliados, entre hospitais centros de reabilitação, clínicas e fisioterapias.
No Brasil
Enquanto a nova plataforma é lançada apenas nos Estados Unidos, o Uber conseguiu uma pequena vitória na Câmara dos Deputados brasileira na última semana. Na ocasião, foram aprovadas duas de três emendas do Senado ao projeto de lei que regulamenta os serviços prestados pelos aplicativos de transporte. Entre as emendas retiradas está a exigência de placa vermelha nos veículos.
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Além disso, os parlamentares também aprovaram a regra de que os motoristas prestadores de serviços não necessariamente precisam ser donos dos veículos utilizados para trabalhar na Uber ou 99, por exemplo. A exigência de uma autorização específica do poder municipal para cada motorista – hoje exigida para taxistas – também foi retirada do texto.