A taxa de ocupação entre jovens de 18 a 24 anos registrou crescimento de 3,1% no terceiro trimestre. É o segundo melhor resultado entre as faixas de idade, atrás apenas,do grupo dos com mais de 60 anos, que teve alta de 9,1%. As informações foram obtidas no estudo sobre o mercado de trabalho lançado nesta quinta-feira (14), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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A pesquisa usa os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Com base nestes microdados, o Ipea analisa a dinâmica recente do mercado de trabalho brasileiro. O instituto chamou atenção que, apesar desse aumento no terceiro trimestre, a taxa de desocupação dos jovens entre 18 a 24 anos continua sendo a mais elevada.
O desemprego, que ocorreu de forma generalizada entre as faixas etárias, poderia ter sido mais expressivo se não fosse o aumento da população economicamente ativa (PEA), que, entre os jovens, apresentou variação interanual de 4,3% no terceiro trimestre. A PEA inclui informação das pessoas ocupadas no mercado de trabalho e das que estão desocupadas, mas interessadas em encontrar emprego.
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De acordo com a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Lameiras, uma das autoras do estudo, a informação de que mais gente encontrou ocupação é boa, mas a taxa de desocupação ainda diminui em ritmo lento. “Tem mais gente ocupada, o que é uma boa notícia. Mas, como muita gente que não estava procurando emprego passou a procurar, isso tem impedido que a taxa de desocupação caia mais rapidamente”, disse.
A especialista acredita que a sensação de melhora do mercado de trabalho, por parte da população, é o que tem provocado o aumento da PEA e isso faz com que mais pessoas voltem a procurar trabalho. “As pessoas têm a sensação de que as oportunidades estão melhores, de que há vagas. As que antes não procuravam, por achar que não conseguiriam uma oportunidade, começaram a voltar à ativa”, falou.
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Remunerações e expansão
Além disso, o Ipea também destacou como resultado positivo para os mais jovens o nível das remunerações. O órgão apontou que as estatísticas da Pnad Contínua indicam “uma melhora relativa dos salários recebidos pelos ocupados com idade entre 18 e 24 anos”. A variação ficou em 1,4% no terceiro trimestre do ano, enquanto no período imediatamente anterior tinha havido queda de 0,6%. No entanto, a faixa entre 40 e 59 anos foi a que registrou maior expansão salarial (2,2%) nos meses de julho a setembro.
*Com informações da Agência Brasil