Nas últimas décadas as alternativas para a carne se tornaram mais populares a partir de um hambúrguer à base de soja, que pouco se assemelha ao alimento original, e aos hambúrgueres à base de plantas, como o "Impossible Burger", cada vez mais popular e controverso. Em um impulso para este crescente corpo de imitações de carne, a Tyson Foods anunciou em 10 de dezembro que eles estão aumentando seu investimento na Beyond Meat.
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A empresa é conhecida por fazer um hambúrguer com gosto de carne à base de plantas e já vende seus hambúrgueres em cerca de 5 mil lojas e mais de 4 mil restaurantes, hotéis e salas de jantar universitárias. O novo financiamento será usado para triplicar sua produção, alimentando uma fome crescente por carne sem carne. De acordo com projeções do "Wall Street Journal", as alternativas de carne movimentaram US$ 700 milhões em 2016.
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Ainda segundo o jornal, este mercado poderá chegar a US$ 863 milhões por ano em 2021. O investimento recente da Tyson Food faz parte de um movimento muito maior em direção às alternativas de carne. China e Israel entraram em um acordo com crescimento de laboratório de carne em US$ 300 milhões. Entre os investidores, estão Bill Gates, fundador da Microsoft, e Richard Branson, fundador do grupo Virgin.
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As opções para a carne crescem cada vez mais e com um forte apoio entre os consumidores. Além das alternativas baseadas em plantas, há uma onda de pesquisa interessada na possibilidade do cultivo de carne em laboratório. Tecnicamente, a "alternativa" poderia ser considerada uma carne, mas é cultivada em um laboratório em vez de ser produzida a partir de animais.
À medida que o conceito de "carne cultivada em laboratório" cresce em popularidade, diversos grupos de pesquisa continuam a inovar, produzindo e cultivando carne in vitro. Atualmente há esforços até mesmo para desenvolver uma engenharia de alimentos usando microalgas, conhecidas por serem ricas em proteínas e nutrientes, além de serem sustentáveis.
Há uma infinidade de razões pelas quais o futuro da carne não é exatamente carne. Cientistas procuram preservar a integridade física e o sabor da carne enquanto renunciam à origem animal. Isto é parcialmente explicado pelas preocupações éticas que muitos têm sobre a atual condição da agricultura animal, ou seja, a agricultura de fábrica, que muitas vezes restringe os animais a vidas curtas, desagradáveis e cada vez mais cheias de antibióticos.
Além disso, a agricultura tradicional de carne ocupa uma quantidade significativa de terras e recursos. O US Geological Suvey estima que são necessários 150 galões de água para produzir apenas um hambúrguer de pouco mais de 100g. Para esse fim, levantar apenas um grama de carne precisa de um metro quadrado de terra e libera o equivalente a mais de 221 gramas de gás carbônico.
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Como tal, a produção de carne é um fardo significativo e pesado sobre o meio ambiente e é um fator contribuinte na progressão das mudanças climáticas. Esperemos que, as alternativas de hambúrguer sejam desenvolvidas com amplo suporte, e o futuro da carne será amável tanto para nossas papilas gustativas quanto para o planeta.
* Com tradução de futurism.com.