![Mãe pediu para que filho entrasse sozinho para comprar chinelo pois estava com outras duas crianças Mãe pediu para que filho entrasse sozinho para comprar chinelo pois estava com outras duas crianças](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/d7/qx/bn/d7qxbnc97ovqp4zcsgj51onbv.jpg)
O Parque Shopping Maia, em Guarulhos, foi acusado de discriminação por uma consumidora na última terça-feira (12). Em dois vídeos que circulam na internet, a mulher diz que seu filho foi impedido de entrar no estabelecimento.
Leia também: Melhora de indicadores econômicos depende do avanço das reformas, diz ministro
A situação chamou a atenção dos usuários do Facebook. Os vídeos que mostram a discriminação do shopping já tiveram mais de 200 mil compartilhamentos e geraram cerca de 16 mil reações na rede social. Além disso, mais de 10 mil pessoas comentaram o caso.
Segundo o que é possível perceber no vídeo, o filho teria sido barrado ao tentar entrar em uma loja para comprar um chinelo. A mãe diz que não entrou com o garoto pois estava com os outros dois filhos, então pediu para que ele escolhesse o produto sozinho e efetuasse a compra. De acordo com o que os seguranças dizem na filmagem, crianças não podem circular sozinhas pelo estabelecimento.
"É por causa da roupa dos meus filhos. É só por causa dessas condições, porque meu filho não está com um tênis bom, com uma roupa boa. Não vou nem entrar mais nesse shopping", diz a mulher em um dos vídeos.
Você viu?
Leia também: Como acordo de bancos e poupadores compensará perdas de planos econômicos
Depois de deixar o shopping , a mulher procurou a delegacia da cidade para registrar o caso.
Outros casos
Não é a primeira vez no ano em que um shopping é acusado de preconceito . Em junho, o jornalista e artista plástico Enio Squeff acusou o Shopping Pátio Higienópolis de cometer o crime contra seu filho de apenas sete anos. Ao pararem para tomar um chá, Squeff foi questionado por uma segurança se "a criança o estaria incomodando".
Assustado, o consumidor questionou à segurança – também negra – a razão de seu questionamento. A resposta foi que havia ordens para que não deixassem crianças não deixar crianças pedintes importunarem os clientes. “Ela achou que meu filho era pedinte porque ele é negro, não tem outra explicação”, disse.
Leia também: Brasileiros trocariam carros por transporte coletivo melhor, indica SPC Brasil
O jornalista preferiu não procurar a ouvidoria do estabelecimento para evitar que a agente de segurança fosse demitida, pois considerou que ela estivesse apenas incorporando a discriminação racial de seus patrões. Na época, o shopping respondeu apenas que "todos os frequentadores são sempre bem-vindos, sem qualquer distinção”.