O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse estar confiante em relação ao andamento da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Para ele, o texto deverá avançar ainda este ano por conta de sua importância para as contas públicas. Segundo o ministro, o projeto visa diminuir discrepâncias no pagamento de benefícios com a finalidade de reduzir o deficit.
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"Há um foco de redução de privilégios, de exageros. Estou muito mais otimista do que nove meses atrás. A adesão a reforma vai crescer. Acredito na aprovação neste ano", disse Oliveira, quando perguntado sobre a tramitação da reforma da Previdência . "Vejo hoje, nas conversas com parlamentares, que há uma compreensão da necessidade da reforma. Com as alterações que foram feitas, os principais pontos críticos foram retirados".
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Entre as questões polêmicas citadas pelo ministro, estão as alterações na aposentadoria rural, no benefício de prestação continuada e nos 25 anos de contribuição obrigatória para se aposentar. Para Oliveira, o pacote de reforma que atualmente está em discussão no Congresso é "palatável do ponto de vista político".
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Nesta quarta-feira (6), o presidente Michel Temer reuniu 19 ministros, mais deputados e senadores da base aliada e líderes de partido. Realizada no Palácio do Alvorada, a reunião para discutir a reforma contou com mais de 47 presentes. Para o ministro do Planejamento, que participou do jantar, a discussão foi "positiva", apesar de considerar o processo político "complexo".
"Evidentemente, não se teve possibilidade de definir claramente a agenda. As avaliações vão prosseguir até que haja clareza", disse. Ele afirmou, ainda, que o calendário de votação é uma decisão da própria Câmara. "Há engajamento do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, dos líderes", destacou. Segundo o ministro, caso a reforma não seja aprovada, a dívida pública estará em torno de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.
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"Com a reforma, se estabiliza em 80% do PIB", afirmou. Segundo ele, a aprovação da reforma da Previdência irá contribuir com o crescimento da economia e a queda dos juros. "É preciso ter clareza que a melhora do ambiente econômico está intimamente ligada à agenda de reformas”, afirmou.
* Com informações da Agência Brasil.