O Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (23) os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 ( IPCA-15 ) – inflação –, que atingiu 0,32% em novembro, com 0,02 ponto percentual a menos do que a taxa de 0,34% de outubro. No acumulado do ano o índice ficou em 2,58%, abaixo dos 6,38% do mesmo período do ano passado, sendo considerado o menor acumulado para um mês de novembro desde 1998, quando marcou 1,52%.
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O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,77%, acima dos 2,71% obtidos nos 12 meses anteriores. Vale mencionar que no mesmo mês do ano passado, o IPCA-15 havia ficado em 0,26%. Segundo o IBGE , a energia elétrica, do grupo habitação, com 1,33%, foi o item que exerceu o maior impacto individual no resultado mensal. Com variação de 4,42% e 0,16 ponto percentual de influência, as contas de luz responderam por metade do IPCA-15 deste mês.
O novo valor do patamar 2 da bandeira vermelha que está em vigor desde o primeiro dia de novembro, e adicionou R$ 5 para cada 100kwh consumidos. Com isso, o item ficou entre 1,12% da região metropolitana de Fortaleza e os 21,21% de Goiânia.
Grupos e regiões
A partir de 22 de outubro, o valor das tarifas foi reajustado em 15,70% em Goiânia. Em Brasília o mesmo ocorreu, porém com reajustes médios de 6,48%, enquanto que em uma das empresas avaliadas na região metropolitana de São Paulo, o reajuste foi de 22,59%, a partir de 23 de outubro.
Também no grupo habitação, houve aumento de 3,30% no preço do gás de botijão, com impacto de 0,04 ponto percentual no índice. Em termos regionais, as variações ficaram entre 0,14% na região metropolitana do Rio de Janeiro e 9,44% na região metropolitana de Recife. É importante lembrar que a partir do dia 5 de novembro, a Petrobras realizou reajustes de 4,5% no preço dos botijões de 13 kg, nas refinarias.
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A taxa de água e esgoto, com 0,30% foi outro item de habitação que refletiu os reajustes de 7,89% em São Paulo e de 4,33% em Fortaleza. Já o grupo transportes, com 0,27% sofreu influências da gasolina, que variou 1,53%, com 0,06 ponto percentual de impacto e pelo etanol, que ficou em 2,78%, com 0,03 ponto percentual. No ônibus intermunicipal, com 0,45%, evidenciou-se a variação de 7,40% na região metropolitana de Porto Alegre, ocasionada pelo reajuste médio de 7,76%, em vigência desde 16 de outubro.
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Em contrapartida, as passagens aéreas apresentaram queda de 10,10%, com menos 0,04 ponto percentual de impacto, após acrescerem 7,35% em outubro. Em relação aos outros grupos de produtos e serviços que integram a pesquisa, houve destaque para artigos de residência, com baixa de 0,35%, o que se deu pelo recuo de 1,19% no preço dos eletrodomésticos.
O grupo alimentação e bebidas foi outro a cair no período, com menos 0,25%. Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, por sua vez, foram apontados como as variações positivas na passagem, com respectivamente, 0,33%, 0,02% e 0,01%. As demais áreas ficaram entre -0,87% da região metropolitana de Salvador e -0,19% das regiões metropolitanas de São Paulo e Porto Alegre.
Os preços dos alimentos para consumo no domicílio também caíram 0,45%, sendo a retração fortemente percebida em: feijão-carioca, com baixa de 7,03%, açúcar refinado, com queda de 4,52%, farinha de mandioca, com recuo de 4,25%, açúcar cristal, com retração de 3,81% e ovos, com -3,69%. Por outro lado, a batata-inglesa, a cenoura e as carnes registraram altas de respectivamente, 19,59% e 13,39% e 0,22%. Já a alimentação fora de casa subiu em média 0,10%. Regionalmente, houve oscilação entre a queda de 1,05% na região metropolitana de Curitiba e a alta de 2,26% da região metropolitana de Belém.
O IBGE ainda mostrou que nos índices regionais , Goiânia ficou com a maior taxa, com 1,62%, potencializada pelo aumento de 21,21% na energia elétrica no município. As duas únicas retrações foram em Salvador, com -0.03% e em Fortaleza, com -0,05%. Aqui, se destacaram as quedas nas frutas, com baixa de 6,91% e na gasolina, com recuo de 1,33%.
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