A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta terça-feira (24) um avanço de 1,4% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que atingiu 77,9 pontos na transição de setembro para outubro. O aumento observado no mês foi considerado a maior variação mensal desde março deste ano. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o índice cresceu 5,4%. Vale mencionar que o ICF varia em uma escala de zero a 200.
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“A intenção de consumo das famílias segue em recuperação lenta, porém progressiva. Os sinais de regeneração do mercado de trabalho deverão contribuir para elevar o grau de confiança dos consumidores nos próximos meses, dando sustentabilidade ao ritmo de crescimento das vendas”, afirmou a assistente econômica da CNC , Juliana Serapio.
Emprego
Em outubro, o emprego atual apresentou crescimento de 0,9% se comparado ao mês anterior. Se levada em consideração a base comparativa anual, a melhora é de 1,7%. O percentual de famílias que afirmam se sentir mais seguras em relação ao emprego atual também aumentou, indo de 30,7% para 31,7%.
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Outro dado levantado foi o avanço de 1,5% na percepção das famílias sobre a renda anual, apontada como a maior taxa desde os 2,7%, apurados em março. Em comparação a outubro do ano passado, o acréscimo foi de 1,6%.
A preocupação das famílias acerca do mercado de trabalho, que integra o componente Perspectiva Profissional, registrou queda de 0,9%, com 93,1 pontos. O recuo foi de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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Perspectiva de consumo
O Nível de Consumo Atual foi outro componente a crescer no mês, com alta de 0,7%, atingindo 54,5 pontos. Frente a 2016, o avanço foi de 14,8%. De acordo com a apuração, a maioria das famílias disse estar com o nível de consumo menor do que o do ano anterior, passando de 59,6% para 59,3%. O recuo não influenciou na Perspectiva de Consumo, que registrou elevação de 5,4% no mês e de 16,7% no ano.
O item Momento para Duráveis subiu 2,3% na comparação mensal e 16,7% ante a outubro do ano passado. Já o item Acesso ao Crédito, que alcançou 71,7 pontos, apresentou alta de 1,3% no mês e de 7,4% no ano.
O fôlego mais acentuado nas vendas em comparação ao ano passado fez com que a CNC ajustasse de 2,2% para 2,8% sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final de 2017. Tal mudança contribui para reforçar a expectativa do primeiro crescimento anual de vendas do setor desde 2013. É importante ressaltar que esse cenário tem como base a percepção de que a inflação deverá permanecer livre de pressões, para que as taxas de juros possam manter o ritmo de queda.
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