O mercado reduziu, pela sexta vez seguida, a projeção de inflação para este ano. A expectativa de instituições financeiras consultados pelo Boletim Focus , publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi reduzida de 2,97% para 2,95%. Desde a semana passada o índice passou a ficar abaixo do piso da meta estabelecida pelo governo.
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O limite inferior estabelecido pela equipe econômica do governo para inflação é 3%, com centro em 4,5%. Para 2018, a projeção pelo IPCA caiu pela quinta vez seguida, passando de 4,08% para 4,06%. O principal instrumento utilizado pelo Banco Central para atingir a meta é a Selic, a taxa básica de juros, atualmente em 8,25% ao ano. A taxa vem sendo reduzida nos últimos meses.
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O Banco Central
já indicou que deverá realizar um corte menor na próxima reunião, marcada para este mês, e o fim gradual do ciclo de reduções. A indicação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada no início do mês passado. No dia 6 de setembro, o Copom reduziu a Selic
pela oitava vez consecutiva, passando de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano.
Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato. O cenário estimula a produção e o consumo, mas reduz o controle sobre a inflação. Por outro lado, quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, gerando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam o uso da poupança.
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Na comparação com a última edição do Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a Selic foi mantida em 7% ao ano, ao fim de 2017 e 2018. Além de esperaram inflação mais baixa, os economistas têm expectativa de alta do Produto Interno Bruto ( PIB ) para 2017, passando de 0,68% para 0,70%. Para 2018, a projeção para o indicador passou de 2,30% para 2,38%.
* Com informações da Agência Brasil.