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A conta de luz terá uma cobrança adicional mais alta em outubro. Segundo decisão divulgada nesta sexta-feira (29) pela Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ), os brasileiros pagarão uma taxa adicional de R$ 3,50 por cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos com a mudança para a bandeira vermelha patamar 2. Esta é a primeira vez em que a opção é acionada, desde que bandeira vermelha passou a contar com dois patamares, em janeiro de 2016.

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De acordo com a Aneel, a decisão foi tomada pela baixa vazão das hidrelétricas, porque as chuvas em setembro ficaram abaixo da média. "Em função do regime hidrológico muito crítico, este setembro foi o pior mês de setembro, do ponto de vista da vazão, da série histórica do setor elétrico", aponta Romeu Rufino, diretor-presidente da agência. Apesar da mudança na conta de luz , Rufino afirma que não há risco para o abastecimento de eletricidade.

Conta de luz terá bandeira tarifária vermelha patamar 2 pela primeira desde janeiro de 2016
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Conta de luz terá bandeira tarifária vermelha patamar 2 pela primeira desde janeiro de 2016

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A mudança para o patamar 2 também é realizada para alertar aos consumidores. Com a falta de chuvas, o país precisa ativar usinas térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas. Em setembro, a bandeira tarifária das contas de luz foi a amarela, com taxa extra de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos.

Entenda a bandeira tarifária

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para equilibrar os gastos extras por conta da utilização de usinas termelétricas, mais caras do que as hidrelétricas. A cor da bandeira impressa na conta de luz indica o custo em função das condições de geração de eletricidade. Quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no País.

A agência defende que a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de energia, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras. A agência diz que o modelo torna a conta mais transparente para o consumidor e apresenta a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.

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A bandeira verde é acionada quando o CVU (Custo Variável Unitário) da última usina térmica a ser despachada registrar um valor inferior a 211,28 R$/MWh. A bandeira amarela, por sua vez, aparece na conta quando este CVU for igual ou superior a 211,28 R$/MWh e inferior a 422,56 R$/MWh.

No caso da bandeira vermelha, a divisão na conta de luz é feita em dois patamares. O primeiro é acionado quando o CVU fica em valor igual ou superior a 422,56 R$/MWh e inferior a 610,00 R$/MWh. Quando a última usina térmica despachada tiver CVU igual ou superior ao valor de 610,00 R$/MWh, a Aneel cobra o segundo patamar da bandeira.

* Com informações da Agência Brasil.

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