O Índice da Bovespa (Ibovespa) permanece operando em queda nesta quinta-feira (28), sendo fortemente influenciado por um cenário político instável , em meio aos desdobramentos acerca do andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.
Leia também: Estudo sobre privatização da Eletrobras será entregue ao governo pelo BNDES
Por volta das 11h16, a Bovespa caía 0,14%, aos 73.693 pontos. As ações ordinárias (ON) da Vale estavam entre as mais negociadas, com retração de 1,47%, assim como as ações preferencias de nível 1 (PN N1) da Usiminas, cujo decréscimo era de 2,63%.
As ações preferenciais da Petrobras registraram alta de 0,20% e as ordinárias da Fibria acresceram 4,22%. A Gerdau PN N1 e a Eletrobras ON N1 estavam entre as baixas, com recuos de 2,30% e 2,81%, respectivamente.
Pregão anterior
Na quarta-feira (27), o Ibovespa apresentou baixa de 0,7%, aos 73.796 pontos, com impacto do movimento negativo de reajuste, também vinculado ao cenário político e com a atenção dos investidores voltada para os leilões de áreas de petróleo e gás e de hidrelétricas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Vale mencionar que quase no encerramento da cotação, a Cemig operava em ritmo de queda.
Leia também: Ministério do Trabalho lança aplicativo para consulta do PIS/Pasep
As ações da Petrobras também recuaram no pregão, com influências do preços do petróleo no mercado internacional e com o acontecimento dos leilões de áreas de petróleo, aqui no Brasil. Já a Vale operou entre altas e baixas, impactada pelos contratos futuros do minério de ferro, na China.
No que se diz respeito aos leilões, o mínimo estimado era de R$ 11 bilhões. No entanto, houve arrecadação de R$ 12,3 bilhões com as quatro usinas, que anteriormente pertenciam a Cemig. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o leilão de blocos de petróleo e gás arrecadaram cerca de R$ 3,84 bilhões.
Impactos
Após avançar 0,4% e bater a marca histórica com mais de 76 mil pontos no dia 20 de setembro, a Bovespa vem apresentando recuos pelo quinto dia consecutivo. Isso ocorre devido ao momento cauteloso acerca dos próximos passos das reformas no Congresso, em paralelo à denúncia contra Temer por corrupção passiva. No cenário internacional, os investidores aguardavam o comunicado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à reforma tributária.
Leia também: Incerteza com a economia recua e atinge menor nível desde abril, diz FGV