Brasil Econômico

As dúvidas em relação ao atual cenário econômico diminuíram no mês de setembro na comparação com agosto. De acordo com dados do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o índice passou de 130,1 pontos para 119,3 pontos. O resultado representa o terceiro recuo consecutivo do indicador.

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Ao mesmo tempo, o índice atinge o menor nível desde abril deste ano, quando encontrava-se em 118,8 pontos. Na avaliação de Pedro Costa Ferreira, economista da FGV, dois fatores explicam a queda do indicador: a redução da incerteza em relação à condução da política econômica e, em segundo lugar, o sentimento de que a condução desta política não sofrerá grandes desvios a médio prazo.

Para economista, destaque do indicador é a retomada para o padrão de incerteza anterior à divulgação dos áudios da JBS
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Para economista, destaque do indicador é a retomada para o padrão de incerteza anterior à divulgação dos áudios da JBS

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"O principal destaque nessa queda acentuada do indicador de incerteza é a volta para o nível anterior à divulgação dos áudios da JBS com o presidente Temer, em relação à elevada media dos últimos três anos", diz Ferreira. Segundo ele, a avaliação do condução da política econômica está claramente refletido no IIE-Br Expectativa, construído a partir de mudanças das previsões de especialistas para a taxa de câmbio e para a inflação.

O componente registrou recuo de 18,2 pontos entre agosto e setembro, passando de 120,8 pontos para 102,6 pontos. A queda contribui com uma redução de 4,6 pontos do IIE-Br. Já o componente IIE-Br Mídia, baseado na frequência de notícias relacionadas a dúvidas com a economia, apresentou redução de 7,5 pontos, passando de 128,7 pontos para 121,2 pontos. O componente contribuiu com a queda de 6,6 pontos para o recuo do índice geral.

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Por outro lado, o IIE-Br Mercado, que analisa instabilidades no mercado de ações, teve alta de 3,3 pontos em setembro, passando de 95,3 pontos para 98,6 pontos. A elevação contribuiu com 0,4 pontos adicionais para o índice geral. Para o economista da FGV, no entanto, apesar do resultado de setembro do índice de incerteza parecer baixo, "ele ainda está longe da média história de 100 pontos".

* Com informações da Agência Brasil.

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