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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), responsável por fazer reajustes nos contratos imobiliários , registrou avanço de 0,47% em setembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No mês anterior, a variação foi de 0,10% e no mesmo período do ano passado de 0,20%.

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Entre janeiro e setembro, a taxa tem recuo de 2,10%. No acumulado para os últimos 12 meses, a baixa é de 1,45%. Segundo a  FGV , o resultado foi influenciado pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), voltado ao setor atacadista, que apresentou alta de 0,74% no mês. Em agosto, houve redução de 0,05%. Em relação ao índice relativo aos  bens finais , a taxa foi de 0,02% em setembro, frente a retração de 0,85% do mês anterior.

Índice medido pela FGV em setembro foi influenciado, principalmente, pelo indicador de preços do setor atacadista
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Índice medido pela FGV em setembro foi influenciado, principalmente, pelo indicador de preços do setor atacadista

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O subgrupo combustíveis para o consumo foi um dos responsáveis para a aceleração mensal, ao passar de 0,24% para 6,11%. Com a exclusão dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice de bens finais registrou variação negativa de 0,05%, frente à baixa de 0,58% de agosto.

Já o índice relativo ao grupo bens intermediários  teve alta de 0,62%, frente a queda de 0,08% em agosto. O subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção foi apontado como o principal responsável, uma vez que passou de 1,58%, em agosto, para 4,98%, em setembro. Calculado sem o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de bens intermediários recuou de 0,02% para 0,32% entre os dois meses.

No período inicial da produção, o índice do grupo matérias-primas brutas apresentou uma elevação de 1,81%. Em agosto, a alta havia sido de 1,04%. Os itens bovinos, ao passarem de 0,12% para 8,89%, milho em grão, de -2,48% para 6,63%, e soja em grão, de -1,75% para -0,06%, foram os principais responsáveis para o resultado. Em contrapartida, minério de ferro, café e leite in natura se destacaram por suas quedas, ao passarem de 11,65%, 3,64% e -4,15%, para 7,88%, -2,32% e -7,19%, respectivamente.

Outros índices

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu para 0,09% em setembro, ante 0,33% em agosto. Seis das oito classes de despesa que integram o indicador registraram queda, sendo o grupo habitação o principal destaque, ao passar de 0,53% para -0,24%. Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento de preços de tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa caiu de 2,88% para -1,73%.

Também recuaram os seguintes grupos: transportes (de 1,70% para 0,56%), alimentação (de 0,47% para -0,82%0, saúde e cuidados pessoais (de 0,34% para 0,26%), comunicação (de 0,26% para -0,08%) e despesas diversas (de 0,13% para 0,11%). Nestas classes de despesa, destacaram-se: gasolina (de 8,50% para 2,68%), hortaliça e legumes (de -2,82% para -11,41%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,09% para -0,31%), tarifa de telefone móvel (de 0,41% para -0,18%) e alimentos para animais domésticos (de 1,22% para -0,66%).

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Por outro lado, os grupos educação (de 0,03% para 0,52%) e vestuário (de -0,28% para 0,11%) apresentaram alta. Itens como passagens aéreas, cuja taxa passou de -2,07% para 12,81%, e roupas, de -0,49% para 0,18%, influenciaram positivamente o resultado.

O levantamento da FGV indica, ainda, que, no mesmo período, o  Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,14%. No mês anterior, o crescimento havia sido de 0,40%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços também cresceu em 0,37%. Em agosto, a alta havia sido de 0,20%. O índice relativo ao custo da mão de obra, por outro lado, registrou queda de 0,04%, frente ao avanço de 0,56% do mês anterior.

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