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Suspensas desde junho, a exportação brasileira de carne bovina  in natura para os Estados Unidos deverão ser retomadas em outubro. A projeção foi feita por técnicos do Ministério da Agricultura, que acompanharam inspeções realizadas nos últimos dias por uma delegação norte-americana em frigoríficos do país. Segundo eles, o fim do embargo deverá ocorrer após a avaliação de um documento enviado pelas autoridades brasileiras.

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O texto foi enviado em resposta aos questionamentos feitos por missão veterinária que esteve no Brasil na última semana. Na última segunda-feira (25), as autoridades dos EUA liberaram a retomada da exportação de carnes termoprocessadas de cinco frigoríficos que haviam sido incluídos no embargo por problemas como o rompimento de embalagens e na semana passada, por exemplo.

Carnes termoprocessadas são responsáveis pela maior parte da exportação para o mercado norte-americano
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Carnes termoprocessadas são responsáveis pela maior parte da exportação para o mercado norte-americano

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Na ocasião, três unidades do frigorífico Marfrig, localizadas em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MS); uma da JBS, na cidade de Campo Grande (MS); e uma da Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO), principais exportadores para o mercado norte-americano, tiveram as exportações suspensas para evitar um eventual embargo total dos produtos.

Segundo informações do Ministério da Agricultura, os produtos processadas termicamente são responsáveis pela maior parte da exportação de carne brasileira para os norte-americanos. Atualmente, o Brasil conta com 18 frigoríficos fornecedores da matéria-prima.

"Visitaram várias plantas aqui no Brasil e saíram conscientes de que o Brasil tem um bom sistema, que os nossos frigoríficos são bons e que dá para seguir", disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em evento do setor realizado na terça-feira (26), em São Paulo. "Recebemos a informação de que a carne processada está liberada. Esperamos que, muito em breve, a gente consiga também liberar a carne in natura".

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Aproximação com países vizinhos

Nesta quarta-feira (27), em viagem oficial ao Peru, o ministro defendeu a aproximação entre os dois países, principalmente com a exportação de itens produzidos nos estados vizinhos, como Acre, Rondônia e Mato Grosso. Segundo ele, há um potencial a ser explorado, já que o país vizinho é somente o 34º parceiro comercial do Brasil. "A ideia é destravar o que emperra o comércio bilateral", disse.

* Com informações da Agência Brasil.

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