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Nesta quarta-feira (27), o Banco Central (BC) divulgou revisão referente à projeção para o crédito bancário , que não espera mais crescimento por meio de empréstimos este ano. De acordo com a análise, a previsão de alta de 1% deu lugar a uma estabilidade em relação a 2016.

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Banco Central ainda aponta que o saldo do crédito total fechou agosto em R$ 3,046 trilhões
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Banco Central ainda aponta que o saldo do crédito total fechou agosto em R$ 3,046 trilhões

O Banco Central relembra que no ano passado o saldo chegou a R$ 3,105 trilhões em dezembro. O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, avalia que não é o crédito quem está “liderando” a economia, e sim apenas seguindo a retomada da recuperação.

O crédito para consumo de pessoas físicas tem avanços há 10 meses seguidos, devido às compras de veículos e casas, e a contratação do empréstimo consignado. O saldo dessa categoria ficou em R$ 1,609 trilhão, o que significa uma alta de 0,7% mensal e de 4,6%, em 12 meses. Já em relação aos empréstimos para as empresas, o diagnóstico é de recuo de 1% no mês e de 8,8% em 12 meses, com saldo de R$ 1, 437 trilhão.

O BC ainda aponta que o saldo do crédito total fechou agosto em R$ 3,046 trilhões, o que significa uma queda de 0,1% no mês, e de 2,2% em 12 meses, com saldo total de R$ 3,046 trilhões.

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Crédito livre e direcionado

O Banco Central também revisou as projeções dessas categorias. Se antes a expectativa para o crédito livre era de estabilidade, agora é esperado um crescimento de 0,5%. Esta modalidade é caracterizada pelos bancos terem autonomia para aplicar dinheiro captado no mercado.

Já em relação ao direcionado, em que o governo estabelece as regras – basicamente aos setores habitacional, rural e de infraestrutura – a projeção de crescimento de 1% passou para uma queda de 0,5%.

O balanço aponta que, dos R$ 1,526 trilhão do crédito livre , R$ 828,1 bilhões é para pessoas físicas. Já o saldo do crédito direcionado ficou um tanto quanto balanceado. Dos R$ 1,520 trilhão em agosto, R$ 788,3 bilhões e R$ 781,7 bilhões foram respectivamente para empresas e pessoas físicas.

Fernando Rocha também falou sobre a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que foi usado por boa parte da população para consumir e pagar dívidas. Para o porta voz do Banco Central, o FGTS pode abrir espaço para pessoas físicas para novas concessões de crédito no futuro.

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*Com informações da Agência Brasil

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