O Boletim Focus, análise do Banco Central (BC) feita junto a diversas instituições financeiras, apontou que o mercado está mais otimista quanto ao crescimento econômico brasileiro. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 0,50% na semana passada, para 0,60% nesta segunda-feira (11).
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Para 2018, os economistas também revisaram para cima a projeção de crescimento do PIB. Anteriormente a projeção era de crescimento de 2% e nesta semana, a estimativa é de 2,1%, informou o Banco Central .
Os economistas também fizeram as projeções quanto ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação. A estimativa passou de 3,38% na semana passada, para 3,14% nesta segunda-feira (11), sendo essa a terceira redução consecutiva da estimativa da inflação. Para 2018, a projeção do IPCA foi reduzida de 4,18% para 4,15%, no segundo ajuste consecutivo.
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As estimativas do IPCA de 2017 e 2018 estão abaixo da meta estipulada pela autoridade monetária brasileira. A meta oficial da inflação é de 4,5%, podendo ter intervalo de 3% e 6%. Para manter o IPCA sobre controle o BC usa a taxa básica de juros – Selic , que atualmente é de 8,52% ao ano.
Selic
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) diminui os juros básicos (Selic), o crédito se torna mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo assim o controle sobre a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, explicou o BC.
A expectativa do mercado financeiro para a taxa bádica de juros – Selic foi reduzida de 7,25% para 7% ao ano, no fim de 2017, e de 7,50% para 7,25% ao ano, ao final de 2018.
Outra perspectiva apresentada pelo Boletim Focus, do Banco Central, refere-se a taxa de câmbio no fim de 2017, que do boletim da semana passada para o dessa semana permaneceu em R$ 3,20. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana ficou estável, em R$ 3,35.
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