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IBGE: os combustíveis, com 6,67%, foram o maior contribuinte no índice do mês, com alta de 0,32 p.p
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IBGE: os combustíveis, com 6,67%, foram o maior contribuinte no índice do mês, com alta de 0,32 p.p

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (6) os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), que ficou em 0,19% em agosto, após variar 0,24% no mês de julho. Se levado em consideração somente os meses de agosto, essa foi a menor taxa desde 2010, quando o indicador atingiu 0,04%. No ano, o acumulado foi de 1,62%, abaixo dos 5,42% obtidos no mesmo período do ano passado.

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De acordo com o IBGE , esse foi o menor acumulado para um mês de agosto desde a implantação do Plano Real, em 1994. O acumulado dos últimos 12 meses recuou para 2,46% - menor variação acumulada em 12 meses desde os 2,24% de fevereiro de 1999. Em agosto do ano passado, o índice variou 0,44%.

Grupos e produtos

Dos nove grupos de produtos e serviços avaliados, alimentação e bebidas e comunicação apresentaram desempenhos negativos, com quedas de 1,07% e 0,56%, respectivamente.  Enquanto entre os demais, destacaram-se os avanços dos grupos transportes, com 1,53% e habitação, com 0,57%. O primeiro, com alta de 0,27 ponto percentual (p.p.) praticamente anulou o resultado negativo de 0,27 p.p do grupo alimentação.

Os alimentos para consumo em casa também apresentaram baixa de 1,84%, após o decréscimo de 0,81% obtido em julho. As principais contribuições negativas partiram do feijão-carioca, com queda de 14,86%, tomate, com menos 13,85%, açúcar cristal, com recuo de 5,90%, leite longa vida, com 4,26%, frutas, com decréscimo de 2,57% e carnes, com retração de 1,75%. Todas as regiões pesquisadas apresentaram quedas em agosto, desde os 2,75% de Goiânia até a baixa de 1,16% de Fortaleza.

Em relação à alimentação fora do lar, que havia ficado 0,15% mais cara em julho, houve aumento de 0,35% em agosto, com exceção das regiões metropolitanas de Belém, com queda de 0,79% e de Curitiba, com menos 0,54%. As demais registraram taxas positivas, como a de Belo Horizonte, com 0,03% e Salvador, com 2,49%.

No grupo comunicação, que sinalizou baixa de 0,56%, o destaque foi observado nas contas de telefone celular que ficaram 1,57% mais baratas, enquanto as passagens aéreas caíram 15,16%. Em contrapartida,  os combustíveis, com 6,67%, foram o maior contribuinte no índice do mês, com alta de 0,32 p.p.

O litro do etanol também encareceu 5,71% no mês, assim como a gasolina, que subiu 7,19% por conta do aumento na alíquota do PIS/COFINS, vigentes desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis. Ao longo do processo de coleta do IPCA, 19 reajustes foram anunciados nos preços da gasolina, que acumularam aumento de 3,40%.

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Sobre os transportes, houve a apropriação da parcela ainda não incorporada relativa ao reajuste de 16,61% nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém, com 3,59%.

No grupo habitação os destaques foram a energia elétrica, com acréscimo de 1,97% e 0,07 p.p. a mais e a taxa de água e esgoto, com 1,78% e 0,03 p.p de influência. Na energia elétrica, houve altas na maioria das regiões avaliadas devido a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha, referente a cobrança adicional de R$ 0,03 por Kwh consumido. 

Já no grupo saúde e cuidados pessoais, com 0,41%, o plano de saúde, com 1,07% foi apontado como o principal destaque. Educação cresceu 0,24% e os cursos regulares variaram 0,09%, ante a alta de 0,87% nos cursos diversos, abrangentes a informática, idiomas, entre outros.

Os resultados regionais ficaram entre a queda de 0,22% de Belém e a alta de 0,45% de Brasília, onde o aumento foi ocasionado pelo acréscimo de 11,24% nos combustíveis, com destaque para o encarecimento de 12,26% no preço da gasolina.  

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação negativa de 0,03% em agosto, abaixo da taxa de 0,17% de julho. O acumulado no ano foi de 1,27%, resultado inferior aos 6,09% registrados no mesmo período do ano passado. Considerando-se os últimos 12 meses, o índice recuou para 1,73%. Vale mencionar que em o INPC variou 0,31% em agosto do ano passado.

Os produtos alimentícios também caíram 1,18% no mês. Em julho, a taxa havia sido negativa, com queda de 0,45%. Já o agrupamento dos não alimentícios avançou 0,48%, acima do resultado de 0,45% de julho. Quanto aos índices regionais , o IBGE apontou um recuo de 0,35% em Belém e um acréscimo de 0,35% em Curitiba. Na primeira, o feijão-carioca teve baixa de 21,46% e as carnes de 3,37%. Na segunda, o aumento foi potencializado pelos combustíveis, com destaque para o preço da gasolina, com 13,15% e do etanol, com 9,30%.

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