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Banco Central (BC) registra pior deficit das contas públicas . Segundo a divulgação desta quarta-feira (30), o resultado de julho ficou em R$ 16,138 bilhões.

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Banco Central: Governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de mudança fiscal
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Banco Central: Governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de mudança fiscal

O saldo negativo diz respeito ao deficit primário – receita menos despesa – desconsiderando os gastos com juros. Além disso, o balanço das contas públicas feito pelo Banco Central considera o setor público consolidado - União, estados e municípios - e é feito desde dezembro de 2001.

Não apenas o resultado mensal se mostrou negativo, o acumulado de janeiro a julho também foi de recorde, com deficit primário de R$ 51,321 bilhões. O balanço de 12 meses – encerrado em julho deste ano – apresentou saldo negativo de R$ 170,520 bilhões, valor equivalente a 2,66% do Produto Interno Brasileiro (PIB).

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Alteração da meta de deficit

A meta fiscal originalmente fixada em R$ 139 bilhões para este ano, e em R$ 129 bilhões para 2018 devem ser alteradas, uma vez que o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de mudança fiscal, onde o deficit deve ser de R$ 159 bilhões tanto para 2017 quanto para 2018.

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Governos estaduais e municípios

De acordo com o balanço apresentado, os governos estaduais apresentaram deficit primário de R$ 1,924 bilhão, enquanto que os municípios foram responsáveis por R$ 728 milhões.

Vale destacar que empresas estatais federais, estaduais e municipais – com exceção dos grupos Petrobrás e Eletrobras – apresentaram superavit primário, de R$ 491 milhões em julho. Os gastos com juros nominais apresentou a marca de R$ 28,482 bilhões em julho, enquanto que, no mesmo período de 2016, o registro foi de R$ 40,597 bilhões.

Já o deficit nominal - composto pelo resultado primário e os resultados de juros - chegou a R$ 44,620 bilhões no mês passado, ante os R$ 53,403 bilhões de julho de 2016. Quando considerado os últimos 12 meses encerrados em julho, o deficit nominal é de R$ 598,711 bilhões, o que corresponde a 9,35% do PIB.

Quando se trata da dívida líquida do setor público – balanço entre o total de crédito e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – o valor chega a R$ 3,206 trilhões, ou seja, o que representa 50,1% do PIB.

Ao apurar a dívida bruta – considerando apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – o Banco Central chegou ao resultado de R$ 4,722 trilhões, o que equivale a 73,8% do PIB. A marca é 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior.

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