O Governo Central – composto por Tesouro Nacional , Previdência Social e Banco Central – registrou o maior deficit primário de sua história, ao apresentar resultado negativo na ordem de R$ 20,152 bilhões no mês de junho. O valor divulgado nesta terça-feira (29) pelo Tesouro Nacional é o pior resultado para o mês de julho em 21 anos.
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Foi explicado pelo Tesouro Nacional que o deficit primário do Governo Central foi impulsionado pela arrecadação pífia do programa de regularização de ativos no exterior e da arrecadação de tributos pagos por outras instituições.
De janeiro a julho, o deficit chegou a R$ 76,277 bilhões, sendo considerado também o pior resultado da história. Nos sete primeiros meses do ano passado, o resultado negativo somava R$ 55,693 bilhões. A comparação, no entanto, foi influenciada pela antecipação do pagamento de precatórios .
Tradicionalmente pagos em novembro e dezembro, eles passaram a ser pagos em maio e junho, piorando o resultado em R$ 18,1 bilhões no mês de julho. Foi Explicado ainda que o Tesouro decidiu fazer a antecipação do pagamento de precatórios, como forma de economizar R$ 700 milhões com juros que deixam de ser atualizados.
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O Tesouro Nacional afirmou que, se não fosse a antecipação, o deficit no acumulado de janeiro a julho totalizaria R$ 58,2 bilhões. O resultado negativo, no entanto, continuaria recorde para o período. Foi informado que a quedas nas receitas somadas ao aumento de despesas obrigatórias, em especial, da Previdência Social também são responsáveis pelo pior resultado dos últimos 21 anos.
Receita
De janeiro e julho, as receitas líquidas caíram 3,1%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas as despesas totais ficaram estáveis, caindo 0,2%, também considerando o IPCA.
Segundo o Tesouro, apenas em julho, o deficit primário foi de R$ 4,5 bilhões em relação ao programado pelo governo. As receitas administradas pelo Fisco vieram R$ 6 bilhões abaixo do previsto. Isso ocorreu por causa de frustrações de R$ 4,6 bilhões na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, principalmente os pagos pelos bancos, e de R$ 1,4 bilhão com o programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação.
*Com informações da Agência Brasil
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