A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas alcançou a taxa de 94% em julho deste ano. Ou seja, a cada mil pagamentos feitos, 940 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Tal patamar foi apontado como inferior ao obtido em março de 2017, com 94,5% - também visto como a primeira queda do ano, em comparação aos 95,2% de julho do ano passado. Os dados são do Indicador de Pontualidade das Micro e Pequenas Empresas, divulgados nesta terça-feira (29) pela Serasa Experian.
Leia também: TST: companhia é condenada em R$ 30 mil por usar funcionária para fraudar a lei
De acordo com os economistas da Serasa Experian , mesmo com o decréscimo na inflação, nos juros e com a tímida melhora da economia, as micro e pequenas empresas permanecem sendo impactadas pela crise, o que influencia na capacidade de honrarem com suas obrigações financeiras junto aos credores, resultando assim, no recuo da pontualidade dos pagamentos.
Você viu?
Setor comercial
Em relação às micro e pequenas empresas do setor comercial, houve acréscimo na taxa, ao passar para 96,3% – maior nível de pontualidade de pagamentos em julho. Nas indústrias, a pontualidade de pagamentos foi de 95,5% no sétimo mês do ano, uma vez que as micro e pequenas empresas do setor de serviços registraram a pontualidade mais baixa de 2017, com 89,9%.
Leia também: Dívida pública federal cai 0,48% em julho e fica em R$ 3,34 trilhões
Ainda em julho deste ano, o valor médio dos pagamentos realizados em dia foi de R$ 1.886, o que representa um acréscimo de 5,2% em termos nominais, se comparado a julho do ano passado. Vale mencionar que o valor médio mais alto foi observado nos pagamentos pontuais das empresas do comércio, com R$ 1.900, seguido das empresas industriais, com R$1.874 e das micro e pequenas empresas de serviços, com R$ 1.845.
Metodologia
O Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas é apurado por meio dos pagamentos efetuados, mensalmente, por amostra de aproximadamente 600 mil micro e pequenas empresas, o que totaliza cerca de 8 milhões de pagamentos registrados no mês por fornecedores. O indicador tem como base informações sobre pessoas jurídicas fornecidas pela própria Serasa, além de ser dividido por setor econômico. Iniciado em janeiro de 2006, a entidade considera para a avaliação empresas cujo faturamento líquido anual não ultrapasse o montante de R$ 4 milhões.
Leia também: FGV: confiança da construção registra terceira alta consecutiva