O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta sexta-feira (25) os resultados do Índice de Confiança do Consumidor ( ICC ), que caiu 1,1 ponto no mês de agosto. Com o recuo, o índice passou para 80,9 pontos, considerando os dados dessazonalizados. Após a terceira queda seguida, o ICC atingiu o menor nível desde janeiro passado, quando marcou 79,3 pontos.
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“Apesar de uma melhora na avaliação da situação financeira familiar presente, possivelmente relacionada com a desaceleração nos preços de alimentos, o consumidor continua com prognóstico pessimista em relação aos próximos meses, principalmente no que concerne à evolução da economia. Ainda há incerteza em relação ao futuro e por isso muita cautela nos gastos com compras a prazo, em um ambiente que o comprometimento de renda e o desemprego são ainda elevados“, afirmou a coordenadora da Sondagem do Consumidor do Ibre/ FGV , Viviane Seda Bittencourt.
Outros índices
Também em agosto, houve recuperação de uma parte da satisfação dos consumidores em relação à situação atual, perdida nos últimos quatro meses, além da piora nas expectativas acerca do futuro próximo. O Índice de Situação Atual (ISA) apresentou alta de 1 ponto, ao passar de 69,7 para 70,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) registrou baixa de 2,5 pontos, indo para 88,9 pontos – pior nível do indicador desde janeiro, quando alcançou 88,1 pontos.
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É importante expor que o Índice de Confiança deste mês foi influenciado, principalmente, pelos indicadores referentes a situação financeira das famílias. As percepções acerca das finanças familiares no momento atual se tornaram mais favoráveis, o que contribuiu para o bom desempenho do ISA.
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Vale lembrar que o indicador de situação financeira atual das famílias também cresceu 2,4 pontos, indo de 63 para 65,4 pontos. Em contrapartida, em seis meses, os consumidores se mostraram mais pessimistas, o que foi sinalizado pela retração de 4,6 pontos no indicador de situação financeira futura, passando para 86,9 pontos.
Os consumidores permaneceram pessimistas em relação a situação econômica. Com isso, o indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica futura, decresceu 1,9 ponto frente ao mês anterior para 105 pontos, menor taxa desde dezembro de 2016, quando registrou 102,2 pontos.
De acordo com a FGV, a confiança dividiu os comportamentos entre as faixas de renda . A maior queda foi para as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800, com variação negativa de 3,9 pontos. Já para as famílias com renda entre R$ R$ 4.800,01 e R$ 9.600, o nível acresceu, depois de cair por quatro meses consecutivos.
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