A assembleia realizada nesta sexta-feira (18), em São Bernardo do Campo (SP) por trabalhadores da Ford aprovou o acordo firmado entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora para a recontratação de 80 dos 364 funcionários demitidos na semana anterior. De acordo com o sindicato, para os trabalhadores que não voltarão a trabalhar na empresa será oferecido um programa de demissão voluntária.
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O programa da Ford deverá pagar 83% do salário por ano trabalhado, com acréscimo de R$ 30 mil para os trabalhadores que têm até dez anos no emprego. Para os funcionários com restrições médicas, o valor pago será de 140% do salário por por ano trabalhado, além de uma quantia extra de R$ 7,5 mil.
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Como os trabalhadores tinham estabilidade até janeiro de 2018, garantida por um acordo coletivo firmado em 2016, os trabalhadores que decidirem não aderir ao programa de demissão voluntária deverão deverá receber da montadora o valor de cinco salários.
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"Foi um processo muito difícil e o resultado que não atende a tudo, mas entendemos que foi o possível de construir. Com muito esforço conseguimos o retorno dos 80 trabalhadores", disse José Quixabeira de Anchieta, coordenador do Comitê Sindical na Ford. "A empresa foi irredutível, alegando que haverá mais um corte no volume de produção em setembro", adiantou.
Em nota envada à imprensa, a montadora confirmou o desligamento de 284 metalúrgicos e destacou que eles já estavam em situação de lay-off, isto é, com o contrato de trabalho suspenso. A empresa informou que, a pedido do sindicato, voltou a abrir o PDV para o grupo que será desligado.
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"Foi acordado que 80 empregados do grupo em lay-off serão reintegrados ao trabalho na fábrica a partir da semana que vem. O efetivo restante será desligado para cumprir o objetivo de administrar o excesso de empregados decorrente da redução do volume de produção em São Bernardo do Campo", disse a Ford.
* Com informações da Agência Brasil.