O consumidor mostrou mais confiança com o cenário econômico em julho. Segundo o levantamento divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o índice chegou a 41,4 pontos no mês passado. Em junho, a pesquisa registrava 39,4 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100 e considera diversos fatores.
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Entre eles, o subindicador que analisa a expectativa dos consumidores para os próximos meses. Nesta categoria, os consumidores mostraram mais confiança , passando de 51,1 pontos, em junho, para 52,7 pontos, em julho. Ao mesmo tempo, o medidor de condições atuais também registrou crescimento, mas segue abaixo da média neutra de 50 pontos. A categoria subiu de 27,8 pontos, em junho, para 30,2 pontos, em julho.
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Segundo a pesquisa, 81% dos consumidores avaliam negativamente as atuais condições da economia brasileira. Entre os que consideram o clima econômico ruim, o principal motivo apontado é o alto nível de desemprego (51%). Em seguida, estão o aumento de preços (24%) e as altas taxas de juros (10%). Ao avaliar a própria vida financeira, 41% dos brasileiros consideram a atual situação como ruim ou péssima. Outros 42% analisam como regular.
Contas para pagar
O orçamento apertado e a dificuldade de pagar as contas são as principais razões para a vida financeira ruim, de acordo com 37% dos consumidores entrevistados. A pesquisa também apontou que o desemprego (35%), queda da renda familiar (15%), imprevistos (5%) e perda de controle financeiro (4%) também são apontados como responsáveis por uma situação financeira abaixo do esperado.
Os preços nas compras de supermercado são o que mais têm pesado na vida financeira familiar para 48% dos consumidores, refletindo em uma corrosão da renda das famílias, que mesmo com a queda da inflação, ainda não foi recuperada. Também pesam sobre o orçamento doméstico o desemprego (22%) e o endividamento (14%).
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Para 72% dos consumidores ouvidos no levantamento sobre a confiança, houve aumento de preços nos supermercados. Na visão de 62% das pessoas ouvidas, o preço da energia elétrica também aumentou. Outros setores em que houve a percepção de aumento de preços foram roupas e calçados (50%), bares e restaurantes (46%), telefone fixo (44%) e combustíveis (41%).
* Com informações da Agência Brasil.