Em bases trimestrais do setor industrial, o IBGE evidenciou um acréscimo de 0,2% no segundo trimestre de 2017
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Em bases trimestrais do setor industrial, o IBGE evidenciou um acréscimo de 0,2% no segundo trimestre de 2017

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (1) os resultados da produção industrial de junho, que após dois meses seguidos de altas, onde acumulou ganho de 2,5%, ficou estável com taxa de 0,0%, na série livre de ajustes sazonais.

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Na série sem ajuste sazonal e em comparação com igual mês do ano passado, o IBGE apontou expansão de 0,5% no total da indústria em junho, segundo resultado positivo seguido, porém menos intenso do que os 4,1% do mês anterior. No índice acumulado nos seis primeiros meses de 2017, o setor industrial acumulou crescimento de 0,5%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses sofreu um recuo de 1,9%, seguindo com o ritmo de queda iniciado em junho de 2016, quando o decréscimo foi de 9,7%.

Ramos industriais

Em junho, 12 dos 24 ramos avaliados apontaram baixas na produção. As principais influências negativas foram observadas em veículos automotores, reboques e carrocerias, com queda de 3,9%, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com recuo de 9,2% e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com retração de 1,7%. Desse modo, o primeiro devolveu parte do avanço de 13% acumulado nos meses de abril e maio, o segundo potencializou a queda de 7,2% do mês anterior, e o terceiro acumulou perda de 4% nos dois últimos meses, o que eliminou o crescimento de 1,8% de abril.

Outras contribuições negativas vieram dos seguintes ramos: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com -4,9%, outros equipamentos de transporte, com -6,8% e de produtos de metal, com -2%. Em contrapartida, produtos alimentícios registrou avanço de 4,5%, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando alta de 7,8%. Indústrias extrativas, máquinas e equipamentos e bebidas, também apresentaram acréscimos de 1,3%, 2% e 1,7%, respectivamente. Vale ressaltar que essas taxas também foram positivas em maio.

Ainda na comparação com maio deste ano, entre as grandes categorias econômicas, houve recuo de 6% nos bens de consumo duráveis, sendo considerada a maior queda de junho, eliminando assim, parte do avanço de 9,5% acumulado em abril e maio. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis também registrou taxa negativa de 0,5%, ante a alta de 0,9% obtida no mês anterior, quando interrompeu três meses consecutivos de baixas na produção, onde acumulou perda de 3,4%.

Por outro lado, os segmentos de bens de capital, com 0,3% e de bens intermediários, com 0,1%, cresceram em junho de 2017, assinalando o terceiro mês seguido de altas na produção, com ganho acumulado de 6,4% e 2,6%, respectivamente.

Ajuste Sazonal

Na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria foi de 0,8% no trimestre encerrado em junho deste ano frente ao nível de maio, o que intensificou o ritmo de crescimento em relação ao 0,2% do mês anterior. Bens de capital foi a categoria econômica com o maior avanço no mês, com 2,1% -  trajetória ascendente iniciada em fevereiro.

Os setores produtores de bens de consumo duráveis e de bens intermediários também tiveram altas, com 0,9% e 0,8%, respectivamente.  Em oposição, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis decresceu 0,1%, sendo o único resultado negativo do mês e prosseguindo com a trajetória descendente iniciada em março.

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Se comparado a junho de 2016, o setor industrial cresceu 0,5%, com taxas positivas em três das quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos, 38 dos 79 grupos e 46,1% dos 805 produtos avaliados. Entre as atividades, produtos alimentícios foi o principal contribuinte, com expansão de 7,2%, impulsionada pelo açúcar cristal. Indústrias extrativas, com 4,5%, veículos automotores, reboques e carrocerias, com 6,6%, máquinas e equipamentos, com 5,8%, produtos do fumo, com 30%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com 10,9% e celulose, papel e produtos de papel, com 5,1%, também se destacaram positivamente.

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Em contrapartida, houve redução na produção de 12 atividades, sendo as principais em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com queda de 5,3%, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com recuo de 18,7%, outros produtos químicos, com baixa de 6,5%, outros equipamentos de transporte, com menos 22,4%, impressão e reprodução de gravações, com retração de 33,1%, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 10,7% e produtos de minerais não metálicos, com decréscimo de 4,6%.

O segmento de bens de consumo duráveis, que avançou 5% no índice mensal de junho, foi a oitava taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, entretanto, menos elevada do que os 20,8% de maio. O setor foi particularmente potencializado pelo crescimento na fabricação de automóveis, com 11,3% e de eletrodomésticos da “linha marrom”, com 16,7%. Já os recuos foram observados nas seguintes categorias: motocicletas, com -28%, eletrodomésticos da “linha branca”, com -1,8%, outros eletrodomésticos, com -10,6% e móveis, com -1,6%.

No sexto mês do ano, o setor produtor de bens intermediários cresceu 0,9%, segunda taxa positiva consecutiva, porém menos intensa do que a de 2,9% verificada em maio. O resultado desse mês foi influenciado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios, com 16,4%, nas indústrias extrativas, com 4,5%, assim como os acréscimos em celulose, papel e produtos de papel, com 5,9%, máquinas e equipamentos, com 7,6%, veículos automotores, reboques e carrocerias, com 2,2%, produtos de borracha e de material plástico, com 1,9% e produtos têxteis, com 2,6%.

As pressões negativas foram percebidas em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, outros produtos químicos, produtos de minerais não metálicos e produtos de metal, com baixas de 10,5%, 6,5%, 4,7% e 2,5%. Nessa categoria econômica, vale citar os recuos nos grupamentos de insumos típicos para construção civil, que marcou o quadragésimo decréscimo, com -6%, e embalagens, com -1%.

Outras variações

A produção de bens de consumo semi e não duráveis recuou 1,8% em junho de 2017, após crescer 1,7% em maio. O desempenho mensal foi explicado, em partes, pela retração no grupamento de não duráveis, com queda de 7,9%, impulsionado principalmente, pela menor produção de medicamentos. Outros decréscimos foram apontas nos subsetores de semiduráveis, com queda de 2,3% e de alimentos e bebidas elaboradas para consumo doméstico, com baixa de 0,9%. Já o grupamento de carburantes foi o único com taxa positiva nessa categoria, impulsionado pela maior produção de álcool etílico e gasolina automotiva, com 6,5%.

No que se diz respeito às bases trimestrais do setor industrial, o IBGE evidenciou um acréscimo de 0,2% no segundo trimestre de 2017, mantendo o bom desempenho assim como nos três primeiros meses do ano, quando marcou 1%. É importante destacar que o menor ritmo de produção registrado no total da indústria na passagem do primeiro para o segundo trimestre, também foi notada em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de capital, que passou de 4,8% para 1,2% e bens de consumo semi e não-duráveis, ao variar de 0,5% para -2,9%.

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